Kingsman: Serviço Secreto, lançado em 2015, foi uma das mais bem-sucedidas produções para o cinema que homenageavam (e brincavam) com os filmes de espiões, mais especificamente com os de James Bond. Também foi um grande sucesso de bilheteria em todo o mundo, rendendo mais de 414 milhões de dólares. Com isso, era natural que uma sequência fosse imaginada, e rapidamente produzida. Então, Kingsman: O Círculo Dourado chega aos cinemas do país, uma semana depois de ter conseguido mais de 40 milhões de dólares em seu fim de semana de abertura nos Estados Unidos. É uma boa notícia, já que o cinema teve um verão péssimo por lá, mas se recuperou neste mês de setembro, graças aos números dele e também de It – A Coisa.
Agora Eggsy (Taron Egerton) está totalmente adaptado à estrutura da Kingsman. Só que logo no início, ele já sofre uma perseguição (com uma cena incrível de luta dentro de um carro), de uma figura de seu passado. Eggsy obviamente consegue escapar, mas não demora muito para que toda a estrutura da Kingsman, assim como seus agentes sejam eliminados. Só restam ele e Merlin (Mark Strong). Juntos, os dois irão descobrir um segredo da Kingsman: eles não estão sozinhos. Há uma organização similar (mas ao mesmo tempo bem diferente) nos Estados Unidos, chamada Statesman. Trabalhando em parceria, eles irão investigar quem é o responsável pelo atentado, qual seu objetivo, e ainda qual a razão de muitas pessoas do mundo estarem ficando azuis. Só que no meio do caminho ainda há a descoberta de que alguém muito importante, que todos julgavam morto, na verdade está vivo.
Veja esse trailer que eu adoro, com Frank Sinatra cantando My Way:
Trazer de volta Colin Firth, cujo personagem, Harry Hart, foi surpreendentemente morto no primeiro filme, foi uma atitude que reforçou ainda mais o clima de um roteiro que não se leva a sério. Diz a lenda que o diretor Matthew Vaughn não ficou nada feliz com a decisão do estúdio de mostrar Harry vivo em todos os trailers, estragando a surpresa. De qualquer maneira, a explicação sobre como ele sobreviveu é totalmente absurda.
No final, o filme diverte sim, eu mesma dei boas risadas. Mas fica aquele gostinho de que poderia ter sido muito melhor, como acontece na maioria das sequências. Se por um lado, Taron, Colin e Mark dominam o filme, os membros da Statesman não tem tanta sorte. Channing Tatum, Jeff Bridges e Halle Berry (num papel totalmente diferente) não tem muito o que fazer. Quem acaba se saindo melhor entre eles é Pedro Pascal, de Narcos e Game of Thrones, que aparece bastante e tem mais importância no desenvolvimento da trama.
Outra que funciona bem, como sempre aliás, é Julianne Moore. A sua vilã é divertida e totalmente enlouquecida – dizem que ela se inspirou em Gene Hackman em Superman- O Filme . É óbvio que a atriz se divertiu muito fazendo o papel.
A verdade é que Kingsman é um filme de excessos. Personagens demais, muitas idas e vindas na história, e um final meio desajeitado. Mas tem ótimos momentos. É impossível, por exemplo, não rir com as participações de Elton John. Isso sim é inesperado e o cúmulo do ridículo.
O certo é que mesmo com todos os problemas, Kingsman: O Círculo Dourado já é um sucesso. Ou seja, espere por mais aventuras de Eggsy, Harry e , pelo final (sem spoilers aqui), mais gente ainda num mais que provável terceiro filme.