Ainda este fim de semana, vi alguns pedaços de outros filme de Missão: Impossível, que estavam passando na TV. Considerando que o primeiro filme foi lançado em 1996, foi divertido ver Tom Cruise com uma carinha de garoto ainda em algumas cenas. O segundo, apesar de um vilão interessante (Dougray Scott) e Tom mais bonito do que nunca com o cabelo mais comprido, é talvez o pior filme da franquia. O terceiro, dirigido, é claro, por J.J.Abrams, é o meu preferido. Só que aquele que era uma posição só dele, agora tem a companhia de Missão Impossível: Efeito Fallout, que estreia essa semana nos cinemas. Filmão, com cenas de ação simplesmente incríveis, com várias idas e vindas surpreendentes. O filme tem duas horas e meia, mas não se preocupe. Você não vai sentir o tempo passar.
Dois anos se passaram depois dos acontecimentos de Missão: Impossível – Nação Secreta. Só que Ethan Hunt ainda é atormentado por lembranças com Solomon Lane (Sean Harris, ainda assustador), o vilão, idealizador do Sindicato, que ele conseguiu prender no final daquele filme. O problema é que Solomon deixou seguidores também sanguinários como ele, chamados Apóstolos. A missão: impossível desta vez é clara: evitar que três bolas de plutônio caim nas mãos desses caras. Só que é claro que há problemas no meio, e Ethan, juntamente com Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames), tem que passar por várias situações para recuperar as bolas. Dessa vez, entretanto, eles terão que trabalhar lado a lado com um agente da CIA, August Walker (Henry Cavill), que tem a sua própria agenda . No meio do caminho, acontecerão perdas, encontros com gente do passado, e ainda irão conhecer uma mulher muito perigosa (Vanessa Kirby).
Christopher McQuarrie, que também dirigiu o muito bom filme anterior, Missão: Impossível – Nação Secreta, aqui consegue desenvolver um clima montanha russa, que lembra o que deveria ser um filme de James Bond hoje em dia. Prepare-se para ficar tenso boa parte do filme. A missão leva Ethan Hunt a vários lugares, Paris, Londres, Belfast, Caxemira. Ele luta muito (e como corre), mas sabe como ninguém planejar uma ação para conseguir atingir seu objetivo. Poucas coisas o surpreendem. É assim, na pele de Tom Cruise, que ele se tornou esse herói absoluto.
Tem várias cenas ótimas. A melhor delas é uma luta no banheiro, que teve uma parte dela incluída no trailer. Os golpes são ultra violentos , e a coreografia é de deixar sem fôlego. Tem também a do helicóptero – veja o making of abaixo.
Outra boa cena, incluída no filme, é aquela famosa em que Tom Cruise acabou se machucando de verdade num salto entre dois prédios (por causa disso as filmagens tiveram que ficar paradas por várias semanas). Sem muito a ver com ação, também amei as duas cenas entre Tom Cruise e Michelle Monaghan, que repete o papel de Julia mais uma vez. Que química! Além do mais, adoro histórias de amor impossíveis!
O filme tem vários momentos para todo mundo brilhar. Henry Cavill está sexy e com uma boa química com Tom. Rebecca Fergunson é tão linda que brilha cada vez que aparece na tela. Vanessa Kirby (de The Crown) está sexy e diferente (e que figurino!), com um papel para virar estrela. Simon Pegg e Ving Rhames como sempre dão um refresco com umas piadinhas fofas. Jeremy Renner não entrou nessa por causa de compromissos com a Marvel. Mas, falando nisso, repare logo na primeira sequência do filme . Pensei que Thanos também tinha entrado nesse universo (rsrs).
Mas é claro que o filme é todo Tom Cruise. Apesar de seu rosto demonstrar às vezes um certo cansaço, ele tem uma energia que é simplesmente incrível. O filme brinca com isso, mas celebra sua força e seu talento. Aliás, mesmo que você tenha as suas restrições com o que ele faz com sua vida particular (Katie Holmes, Cientologia) não há como negar que ele é um astro como nenhum outro. E que prazer vê-lo na tela como Ethan Hunt. Aposentadoria? Muito pouco provável ! Ainda bem!