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Tom Hanks, Steven Spielberg e uma boa história. Precisa mais?

Eu havia ficado muito decepcionada com o último trabalho na direção de Steven Spielberg. Lincoln é lento, longo, chato e todo o mundo fala demais. Achei que ele estava perdendo a mão, ou havia ficado ultrapassado. Não poderia estar mais enganada. Seu filme, Ponte dos Espiões, que estreou hoje (22) nos cinemas é bom demais!! Apesar de sua duração de 141 minutos, você não sente o tempo passar e embarca totalmente nessa aventura da época da guerra fria.

O filme segue a história de James Donovan (Tom Hanks), um advogado de seguros do Brooklyn que é “convencido” a defender um espião soviético, Rudolf Abel (Mark Rylance), preso dentro dos Estados Unidos. Só que ele acaba bem mais envolvido do que poderia imaginar no meio das negociações da Guerra Fria, quando a CIA o envia para negociar o resgate do piloto americano, Francis Gary Powers, que foi capturado.

A história de Francis Gary Powers já havia sido transformada em filme há muito tempo, em 1976. U2 – Vôo Clandestino, foi dirigido por Delbert Mann, com Lee Majors no papel do piloto. Mas o interesse de Hollywood sobre todo esse evento e do envolvimento de James Donovan vem de muito tempo antes. Spielberg conta que já em 1965, Gregory Peck foi atrás da história para interpretar James Donovan enquanto Alec Guinness seria Abel. Mas os tempos eram outros, a Guerra fria ainda era uma realidade e a MGM achou melhor ficar fora de todas as implicações políticas.

Entretanto o mais surpreendente nessa nova versão é ver quem são os autores do roteiro. Os irmãos Coen assinam o trabalho em conjunto com Matt Charman. A história, a forma de conta-la não se parece nem um pouco com os trabalhos anteriores dos dois (assim como Invencível e Bravura Indômita, por exemplo). De qualquer maneira, é possível achar aqui e ali as ironias características dos dois, especialmente nos diálogos entre Donovan e Abel.

É claro que o papel de James Donovan cai como uma luva para Tom Hanks. Um homem idealista, que busca a verdade e a justiça. Já Mark Rylance, como Abel, está ótimo, mas em alguns momentos lembra muito sua atuação elogiada na minissérie Wolf Hall (disponível na Netflix). Mas isso não é um problema para o filme. Afinal, desde a brilhante sequência inicial, quando acompanhamos todos os passos de Abel, até os momentos finais sobre a Ponte dos Espiões, tudo isso nos faz ver que Spielberg continua em plena forma. E sabe como ninguém contar uma boa história.

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