Quem assistiu aos três filmes anteriores de Toy Story acreditava que o final do terceiro, de 2010, era um fechamento da história de Woody, Buzz e o resto dos brinquedos, certo? Errado! Isso porque havia mais para contar. É claro que o fato de que os três primeiros filmes (disponíveis na Netflix) terem rendido quase 2 bilhões de dólares no mundo inteiro deve ter ajudado a Disney /Pixar a tomar a decisão de contar mais um capítulo da história. Mas, ainda bem, Toy Story 4 não é um caça-níqueis, daquele tipo que estamos acostumados. Tudo faz sentido, o roteiro é muito bem cuidado, para contar mais uma linda e divertida história. O filme está estreando essa semana nos cinemas. E vai fazer você rir e se emocionar – seja adulto, criança, ou ainda um adulto que não esqueceu como é ser criança.
A história
Ele começa com um lembrança de nove anos antes – um momento importante que ficou de fora da aventura de Toy Story 3 (#semspoilers). A partir daí, de volta aos dias atuais, vemos que os brinquedos ainda estão com Bonnie. Só que assim como na vida real, conforme as crianças vão crescendo, elas vão se desinteressando de certos brinquedos. É o que acontece com a garotinha Bonnie em relação a Woody. Só que ele continua desesperadamente preocupado com ela, que vai para seu primeiro dia no jardim de infância.
Lá ela faz um brinquedo de um garfo que ela achou no meio da sala. Ele é chamado Garfinho (claro!), e logo ganha vida, já que se tornou um brinquedo. Mas como todo Frankenstein (uma das muitas referências do filme), o Garfinho acha que é lixo (ele é um descartável). Com isso está sempre desejando desesperadamente voltar para a … lata de lixo! Entretanto, Bonnie está super apaixonada por ele, e por isso, Woody tem que protegê-lo a todo o custo- inclusive de si mesmo.
Só que numa viagem de motorhome com a família, os Woody e Garfinho acabam perdidos. No caminho para se reunir à Bonnie e ao resto dos brinquedos, eles acabam achando um antiquário. Nele vão encontrar alguém do passado . E ainda passar por diversas aventuras com uma boneca que quer sua voz de volta, bonecos de ventríloquo assustadores, e um gato que gosta de destruir… brinquedos. Eles também vão conhecer novos e improváveis amigos. Entre eles, um motoqueiro que foi dispensado por sua criança porque não fazia os mesmos truques dos comerciais de TV, e dois bichinhos de pelúcia sádicos e divertidíssimos. Pena que a versão mostrada para a imprensa foi a dublada, e não foi possível ouvir a interpretação de Keanu Reeves como o motoqueiro no idioma original. Vou ter que esperar pelo DVD.
A crítica
O filme passa por incríveis aventuras tanto na loja, como no parque de diversões. Vai fazer você chorar de rir, e também de emoção, claro. No final do filme, eu estava destruída de chorar (rs). Mas também estava rindo com as cenas que passam durante os créditos. Ou seja, não saia correndo do cinema. Porque assim como nos demais filmes, a emoção é uma constante em Toy Story. Afinal, todos nós já tivemos nossos brinquedos favoritos, que um dia terminaram em caixas, ou sendo repassados para outras crianças.
Dessa vez, Woody é o grande protagonista. Tem até a frase “Nunca deixo um brinquedo para trás”, uma óbvia referência a O Resgate do Soldado Ryan, estrelado por Tom Hanks , que faz a voz original de Woody. Buzz se tornou um coadjuvante, mas têm também bons momentos, quando resolve ouvir sua “voz interior”. Minha sugestão é que você assista novamente aos três filmes anteriores antes de ver Toy Story 4. Assim conseguirá aproveitar melhor todas as referências. No final, Toy Story 4 é uma grande lição para Hollywood sobre como fazer uma sequência que seja fiel aos originais. E, especialmente, importante para seus fãs. O Oscar de melhor animação do ano já tem dono.
Fotos de divulgação