A história do físico Stephen Hawking é admirável e inigualável. O físico mais famoso do mundo e uma mente brilhante, sofre desde muito jovem de uma doença degenerativa chamada esclerose lateral amiotrófica (ELA) , que paralisa os músculos do corpo sem atingir as funções cerebrais. Só que essa doença não o impediu de desenvolver seu trabalho, se casar e ter três filhos. A história desse relacionamento com Jane Hawking e o quanto ele foi importante para os dois, é o tema de A Teoria de Tudo, que estreia nos cinemas esta semana, e concorre a cinco Oscars: filme, ator (Eddie Redmayne), atriz (Felicity Jones), trilha sonora e roteiro adaptado.
O roteiro é adaptado do livro do mesmo nome (lançado aqui no Brasil), escrito pela própria Jane Hawking. O roteirista Anthony McCarten conta que demorou três anos para convencê-la a ceder os direitos para o filme. Portanto, é bom esclarecer que não se trata de uma biografia de Stephen Hawking e sim de uma história de amor e companheirismo entre duas pessoas especiais e fascinantes. Tudo começa quando Stephen conhece Jane na Universidade de Cambridge e termina com o fim de seu casamento, mas com a continuidade de sua amizade que se mantém até hoje.
Stephen e Jane foram muito presentes durante toda a produção. A voz de Stephen que se ouve após ele começar a usar uma máquina para se comunicar é do próprio físico. Assim como a medalha da Liberdade e sua tese assinada também são as originais. Mas o que é impossível é conceber o filme sem a interpretação de Eddie Redmayne como Stephen. Com seu olhar, seu tom de voz, seu bom humor e principalmente a forma como ele usa o corpo não deixa a dever nada a outro inglês, Daniel Day Lewis, que ganhou seu primeiro Oscar com Meu Pé Esquerdo. O próprio Stephen escreveu um email ao diretor James Marsh dizendo que em determinados momentos do filme ele pensou que estava assistindo a si mesmo.
Eddie venceu o Globo de Ouro e o SAG’s por sua interpretação. Mas na corrida pelo Oscar vai enfrentar a forte concorrência de Michael Keaton, que tem uma ótima interpretação também em Birdman. Mas Michael tem uma vantagem, conta com a simpatia geral, destinada aos veteranos que finalmente conseguem um papel para revitalizar sua carreira. Qualquer um pode vencer. Mas, depois de ver A Teoria de Tudo, minha torcida e minha admiração vão para Eddie Redmayne.
Eduardo Pepe
28 de janeiro de 2015 às 7:32 pm
Essa corrida de melhor ator estar super difícil. Keaton, Redmayne, Cumberbatch, Carrel e até Cooper estão excepcionais! Em mãos ruins, o prêmio não ficará!