Eu sou fã da Mulher Maravilha desde pequena, quando assistia a série estrelada por Lynda Carter e ainda os desenhos da Liga da Justiça. Mas nunca poderia imaginar o que estaria por trás da criação dessa personagem tão especial, e que hoje voltou a ter grande influência junto às meninas de todas as idades depois do sucesso do filme estrelado por Gal Gadot. Mostrar qual foi o princípio por trás de sua criação é a ideia central de Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas, que estreou hoje nos cinemas. Então, prepare-se para se surpreender.
William Marston, vivido aqui por Luke Evans, e sua mulher Elizabeth (Rebecca Hall), formam um casal a frente do seus tempo. Ele é um professor e Elizabeth trabalha com ele, ao mesmo tempo infeliz porque ela também não podia ser reconhecida como mestre por ser mulher. Em um de seus estudos, o casal resolve arrumar uma assistente. Olive Byrne (Bella Heathcote) é linda e inteligente. O trio logo se torna inseparável, vivendo totalmente imerso no conceito do poliamor , o que obviamente vai levar à sérias consequências. Mas, convivendo com essas duas mulheres, Marston irá ter a inspiração para criar um dos mais icônicos personagens dos quadrinhos, a Mulher Maravilha.
Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que o filme não é para fãs de quadrinhos – sejam eles defensores de Marvel ou DC. Não é uma super-produção, não tem explosões, nem super-poderes. Esta é uma biografia, um filme de época, que conta a história de três pessoas que se amavam, e como essa relação acabou levando à criação da Mulher Maravilha.
Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas é sexy – algumas cenas dos três são fortes -, mas na verdade, ele é um romance bonito sobre como essas pessoas resolveram enfrentar a sociedade para seguir em frente vivendo o seus amor especial. A neta de Marston foi contra o filme e chegou a iniciar uma campanha para destruí-lo. Na verdade, o roteiro é um conto de ficção que se baseia em uma história real. Sim , o triângulo existiu, e a criação de Mulher Maravilha teve vários princípios inspirados no sadomasoquismo, tanto que enfrentou vários problemas com a censura numa determinada época.
No final, é um belo filme. Os atores estão bem, apesar de que eu sempre acho que Rebecca Hall é muito chata em qualquer papel que faça. Uma coisa é certa, é o filme certo para estar disponível para aquelas pessoas que nem querem pensar em assistir Star Wars. Sim, porque, por incrível que pareça, elas existem.