É preciso avisar logo. Apesar de usar personagens de histórias infantis como Cinderela e Rapunzel, Caminhos da Floresta, que estreia este fim de semana (29) nos cinemas, não é um filme para crianças. Isso porque existe uma certa “desconstrução” de ícones do imaginário das crianças, especialmente na segunda parte do filme. Pode ser um choque! Baseado num musical da Broadway, transforma a história de vários personagens criados pelos irmãos Grimm.
Tudo começa com o padeiro (James Corden) e sua esposa (Emily Blunt), tristes porque não conseguem ter filhos. Entra então na história a bruxa (Meryl Streep), que pode resolver o problema com uma condição. Eles deverão conseguir algumas coisas até o fim de um curto período. Assim, entram na floresta e envolvem de maneiras diferentes João (do Pé de Feijão), Chapeuzinho Vermelho (e o Lobo, numa participação especial de Johnny Depp), Rapunzel e Cinderela (Anna Kendrick) em sua busca.
O filme é um grande sucesso de bilheteria nos Estados Unidos, onde continua em cartaz e já rendeu mais de 120 milhões de dólares (custou 50). Para quem gosta de musicais (como eu) é uma delícia. Nunca tive a oportunidade de ver o espetáculo no teatro (algumas histórias e personagens foram suprimidos para o filme), mas por lá foi um grande sucesso na Broadway, ganhando vários prêmios.
O filme também está sendo reconhecido na temporada de premiações. Foi indicado para SAG´s, Globo de Ouro, BAFTA e vários outros. É indicado ao Oscar em três categorias: cenografia, figurino e atriz coadjuvante (Meryl Streep). Aliás, Meryl está muito bem como a bruxa. Ela deu uma entrevista muito divertida há pouco tempo, dizendo que depois que fez 40 anos, lhe ofereceram vários papéis de bruxa(rs) e ela recusou todos. Mas a oportunidade de ser uma bruxa que canta músicas de Stephen Sondheim não poderia ser desperdiçada. Rs.
As músicas são ótimas mas não muito famosas (gosto bastante de Children will Listen). Elas proporcionam uma boa surpresa. Principalmente com o talento de Chris Pine (de Star Trek) como cantor. Aliás, não só isso. Como o Príncipe nem tão Encantado assim, ele brilha não só como um rosto bonito e um bom cantor, mas como o ator mais marcante de um elenco cheio de grandes nomes.