Sou fã da saga Star Wars, que eu conheci como Guerra nas Estrelas ainda pequena. No ano passado, esperei ansiosamente pelo episódio 7, e chorei quando Luke Sywalker apareceu na tela. Mas confesso que não tinha grandes expectativas com Rogue One: Uma História Star Wars, um spinoff da saga clássica. Só que para uma fã como eu, o filme emociona, diverte e ainda traz umas referências/homenagens inimagináveis há alguns anos atrás. Só que também sei ter o distanciamento necessário para perceber que ele é bem fraco do ponto de vista dos não-fãs enlouquecidos. Pode-se dizer que ele é similar, por exemplo, a Star Wars 2 : O Ataque dos Clones. Acho que agora é possível situar o nível cinematográfico do filme.
Ele começa um pouco antes de todos os acontecimentos de Star Wars: Episódio 4: A Nova esperança, que na verdade foi o primeiro produzido, lá em 1977. Talvez dias, talvez semanas. Jyn Erso, uma jovem que foi separada de seus pais na infância é convocada para uma missão para roubar os planos da Estrela da Morte. Ela e seus companheiros terão que enfrentar grandes perigos e figuras assustadoras do Império, inclusive Darth Vader.
É óbvio que o diretor Gareth Edwards não é nenhum J.J. Abrams e que Michael Giacchino (responsável pela trilha) está muito longe de um John Williams. Mas a história e perfeitamente aceitável, e os efeitos, são de deixar o queixo caído. Um fato bem-vindo é que Darth Vader ainda tem a voz de James Earl Jones, e personagens de A Nova Esperança e de A Vingança dos Sith aparecem aqui novamente. Inclusive com a ressurreição de um ator que já morreu há mais de 20 anos, Peter Cushing, como Moff Tarkin. Isso somente já valeria o ingresso. Mas ainda tem aquele final…
No papel principal está Felicity Jones, que infelizmente só tem uma única expressão no rosto. Já imaginou se em seu lugar estivesse Tatiana Maslany, que foi finalista para o papel de Jyn? Não se pode ter tudo! Os outros membros do pequeno grupo de rebeldes são Diego Luna, Donnie Yen e Wen Jiang, dois atros do cinema chinês. Completam ainda Alan Tudyk (de Firefly) como a voz do robô K 2 SO, e Riz Ahmed, que concorre ao Globo de Ouro por seu papel na série The Night Of.
O elenco ainda tem figuras conhecidas como Mads Mikkelsen como o pai de Jyn, o ótimo Ben Mendelsohn (premiado por Bloodline) como um dos vilões – são tantos – e Forest Whitaker, bem canastrão, como um personagem criado para o desenho Clone Wars, Saw Gerrera.
As primeiras impressões do filme nos Estados Unidos foram muito boas. Estima-se que sua abertura mundial possa render mais de 300 milhões somente no primeiro fim de semana. Rogue One: Uma História Star Wars pode não ser um Star Wars: Episódio 7: O Despertar da Força. Mas “aquele final” deu vontade de levantar e aplaudir!