Houve um tempo em que Catherine Zeta-Jones estava em todos os planos de possíveis grandes projetos. Linda como poucas, e ainda uma excelente atriz, Catherine é ótima cantando, dançando, atuando – ganhou um Oscar de coadjuvante com Chicago. Mas, Hollywood é inclemente com mulheres que começam a envelhecer. Depois dos 45, fica muito mais difícil conseguir bons papéis no cinema – Catherine tem 48. E com isso, as atrizes vão para a TV, com oferta cada vez mais interessantes. No caso de Catherine, ela apareceu no ano passado em Feud, a série de Ryan Murphy com Jessica Lange e Susan Sarandon, no papel de Olivia de Havilland. E agora está num filme feito para a TV, A Rainha da Cocaína, que estreia hoje (11), às 21 horas, no canal Lifetime.
A Rainha da Cocaína é uma história baseada na vida completamente fora do comum e real de Griselda Blanco, conhecida como “A Madrinha”, que foi líder do cartel de Medellin, uma pioneira no tráfico de drogas. Ela inclusive participou das guerras dos vaqueiros da cocaína (Cocaine Cowboys), em Miami, no final de década de 1970 e começo da década de 1980. O filme é contado através dos olhos de seu filho mais novo, Michael Corleone Blanco (sim, esse era o nome dele), e mostra Griselda, desde que, aos 17 anos, quando entrou nos Estados Unidos com um passaporte falso. Mostra também suas estratégias de narcotraficante, entre elas, utilizar mulheres bonitas como mulas para contrabandear drogas da Colômbia para os EUA, até se tornar a verdadeira Rainha da Cocaína.
Tudo isso acabou resultando num patrimônio de cerca de 100 milhões de dólares. O filme mostra a briga com outros chefões, as mortes de seus maridos, que lhe valeram o apelido de Viúva Negra, e o fim de seu império. Para atriz, o personagem foi um desafio, além da óbvia falta de glamour da personagem. “Como todos sabem, esta não é a primeira vez que interpreto uma mulher de ascendência latina, nem a primeira vez que interpreto uma mulher envolvida com o tráfico de drogas. Como atriz, foi muito difícil encarnar esta mulher, que é muito diferente de mim em muitos sentidos, não somente culturalmente, como em relação às decisões que toma. Mas o que não é diferente é que nós duas somos mulheres fortes, dispostas a fazer de tudo que for necessário pelo seu trabalho – sem dúvida não com armas como fez Griselda. Mas tenho que dizer que este foi um projeto feito com muita paixão. Conseguimos levar a história de Griselda à tela do Lifetime e, mesmo que existam outros projetos de Griselda no horizonte, que serão interpretados por latinas, esta mulher tem ocupado minha vida por anos e sinto que a conheço intimamente. Trabalhei muito para concluir este projeto e para contar esta história”
O filme será reapresentado no dia 14, às 22 horas.