Ricardo Darín é o maior astro do cinema argentino. Sua presença em filmes garante qualidade e boa atuação. Eu o acho ótimo. Foi com esse pensamento na cabeça que fui assistir Um Amor Inesperado, estrelado pelo ator e por outra grande atriz argentina, Mercedes Moran. A premissa de uma comédia romântica também me agradava. Infelizmente, o filme tem pouco de comédia e pouco de romântico.
Tudo parece bem no casamento de Marcos e Ana. Só que o filho saiu de casa, e mesmo depois de 25 anos juntos, os dois resolvem se separar. Ambos encontram outras pessoas, têm algumas aventuras. Mas, mesmo assim, parece que algo está faltando.
Ao contrário do título, Um Amor Inesperado já começa sendo previsível. Você sabe exatamente tudo o que vai acontecer. Isso não seria um problema se ele seguisse a cartilha divertida das comédias românticas. Afinal, isso já é esperado. Mas, com uma ou outra cena onde você consegue dar uma risada – a da mulher dominadora do bar, por exemplo- o resto é chato e arrastado. As situações são repetitivas, os discursos idem. E o pior de tudo, as intermináveis DR’s (discussão de relação) que pipocam todo o tempo. Não tenho paciência com isso, especialmente num filme com mais de duas horas de duração (interminável).
É claro que os dois atores são ótimos. Ricardo Darín, sempre perfeito, e a também premiada Mercedes Moran, muito eficiente. Também achei ótima a atriz que faz a amiga do casal, Claudia Fontan, que faz Lili. No final, a história dela acaba sendo muito mais interessante que a do casal chato, que é o protagonista. Fica aqui a ideia para uma comédia com ela, seria bem mais divertida.
Fotos de divulgação