Filmes baseados em dramas reais, daqueles que fazem você se acabar de chorar, sempre dão bons resultados no cinema. Algumas vezes, quando envolvem doenças, costumam até gerar prêmios, caso de Daniel Day Lewis (Meu Pé Esquerdo) e, é claro, Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo). Aliás, há várias semelhanças entre A Teoria de Tudo e Uma Razão para Viver, que estreia esta semana nos cinemas.
Um homem no auge de sua juventude atingido por uma doença incurável, apaixonado por uma mulher forte, que ficará ao seu lado em todos os momentos, vai desafiar tudo o que se sabia na época sobre a doença, e vai mostrar ao mundo sua coragem, afetando assim a forma de tratar os pacientes, anteriormente considerados com pouco tempo de vida. No caso de A Teoria de Tudo, ele era Stephen Hawking, físico renomado. Já Uma Razão para Viver é baseada na história real do britânico Robin Cavendish, um jovem que se apaixona por Diana e planeja viver uma vida repleta de aventuras ao seu lado. Porém, aos 28 anos, ele recebe o diagnóstico de poliomielite e fica tetraplégico. Contrariando todas as ordens médicas e convenções sociais da época, eles decidem continuar aproveitando a vida e viajar o mundo, ajudando outras pessoas.
Como se trata de uma história real, é claro que a história é realmente comovente, mas também há momentos divertidos, como na vida real. Além do mais, o produtor é Jonathan Cavendish, o filho do casal, que faz parte dessa história. É obviamente uma homenagem e uma carta de amor aos seus pais. Bem filmado, com atores ótimos – há um buzz de indicação ao Oscar para Garlfield, e ainda Claire Foy (de The Crown) tem uma entrada de estrela . Têm participações especiais de Hugh Bonneville (Downton Abbey) e Diana Rigg (Game of Thrones). A fotografia é linda e a trilha sonora mais ainda. Ponto para Andy Serkis, que esteve este ano no Brasil para divulgar o último filme do Planeta dos Macacos, e que é o responsável pela direção. É um belo filme que infelizmente não teve um bom lançamento nos Estados Unidos, e foi um tremendo fracasso, arrecadando menos de 500 mil dólares nas bilheterias.
Mas não se deixe impressionar por isso, o filme emociona, apesar de não ser inesquecível, e se você é o tipo de pessoa que adora um drama para chorar, pode encarar sem medo Uma Razão para Viver.