Enquanto a gente não sabe quem será o próximo James Bond, Steven Soderbergh resolveu lançar seu próprio filme sobre espiões britânicos elegantes , sensuais e “com licença para matar”. É Código Preto, que estreia essa semana nos cinemas. Nos papéis principais estão Michael Fassbender e Cate Blanchett, o que já é meio caminho andado para tornar o filme imperdível. E apesar da trama meio rocambolesca, Código Preto mantém a atenção, e já podemos chamá-lo do “filme mais elegante do ano”, rsrs.
O casal de agentes espiões Kathryn (Cate Blanchett) e George (Michael Fassbender) tem uma vida bem diferente. Dentro de casa, a vida matrimonial é tranquila e apaixonada, os dois respeitando os segredos e as discrições da profissão de agentes secretos. Quando, porém, alguém parece ter vazado informações confidenciais e perigosas da inteligência, Kathryn é a principal suspeita. A missão de George, agora, é descobrir se sua esposa é a verdadeira traidora, testando a confiança de seu casamento. De maneira extraoficial, George precisa ser discreto e encarar um dos maiores testes de sua carreira e vida pessoal: ser leal ao seu país ou ao seu relacionamento.
O que achei?
A gente já viu vários filmes em que agentes suspeitam de sua cara metade. Desde o bem-sucedido Sr. e Sra Smith até o fracasso Aliados (ambos com Brad Pitt), só para citar dois. Aqui, a química entre Fassbender e Blanchett é ótima, e poderia ter tomado a maior parte do filme que eu ficaria feliz. O ponto central na verdade acaba sendo descobrir quem é o verdadeiro traidor. Isso rende cenas sensacionais como a do jantar com todos os suspeitos, que incluem ainda Marisa Abela, Tom Burke, Regé-Jean Page, de Bridgerton, e Naomie Harris. O elenco ainda inclui uma pequena participação de Pierce Brosnan _ afinal, é um filme sobre espiões. A cena dele com Cate no restaurante é ótima .
Com todo esse elenco, a trama acaba ficando em segundo plano. Ela é um pouco confusa por isso é preciso prestar muita atenção em todas as idas e vindas. Mas, mesmo assim, o filme é uma delícia. Soderbergh sabe como ninguém contar esse tipo de história, que fica na linha de Irresistível Paixão e Onze Homens e um Segredo (dois de meus filmes da vida). Além disso, tudo é bonito e chique no filme, desde a fotografia, trilha sonora, direção de arte. Parabéns como sempre, Soderbergh!
