Faz muito tempo que a gente vinha esperando por esse novo filme da Mulher Maravilha. No final do ano passado, Gal Gadot e Patty Jenkins estiveram no Brasil para participar da CCXP e conversaram com a imprensa – eu estava lá! Foram sete datas ao todo – e agora finalmente ele está chegando no Brasil nos cinemas – uma semana antes do Estados Unidos. Por lá, o filme vai chegar aos cinemas no Natal, mesmo dia em que estreia no HBO Max, streaming da Warner. O que se pode dizer é que a espera por Mulher Maravilha 1984 valeu a pena.
Como o próprio título já diz, a ação se passa em 1984. Ou seja, é uma diversão ver as características da época. Carros, músicas, roupas. Aliás, é uma delícia ver a Diana Prince de Gal Gadot, usando looks muito similares aos da Diana Prince de Lynda Carter. Uma bela homenagem! Agora, Diana está trabalhando como arqueóloga do museu Smithsonian. Ao mesmo tempo, salva pessoas de ladrões em shoppings. Só que a Mulher-Maravilha está prestes a ficar diante de um desesperador perigo mortal. Tudo por causa de uma conspiração arquitetada pelo empresário Maxwell Lord (Pedro Pascal). Ela ainda terá que enfrentar uma inimiga misteriosa, a Mulher-Leopardo (Kristen Wiig).
O filme começa com a narração de Diana/ Gal Gadot. E ela já relembra uma situação que ocorreu em sua infância, e cuja lição será importante no desfecho do filme. É uma sequência cheia de ação, daquelas de tirar o fôlego. E ainda dá a oportunidade de rever Connie Nielsen e Robin Wright em participações especiais. A partir daí, o filme também deixa claro o quanto Diana ainda sente falta de Steve Trevor (Chris Pine), mesmo após todos esses anos. Isso abre a oportunidade para o retorno de Chris Pine. Muito se falou sobre como seria possível a volta do personagem, já que ele morreu no fim do primeiro filme. Sem entregar o como, posso dizer que o resultado é eficiente – e até divertido. Mais uma vez, entretanto, acho que na verdade, Steve Trevor é o grande herói do filme. E sempre apaixonante, claro, mesmo de pochete, rsrs!
Você não sente o filme passar, mesmo com suas duas horas e meia. Tem diversão, intensas cenas de ação. Apesar de suas limitações como atriz, Gal Gadot tem um grande carisma, e uma química especial com Chris Pine. Já no caso dos vilões, Pedro Pascal é ótimo. Mas suas cenas são um pouco longas demais. Você fica pedindo que elas terminem logo, para que a gente possa ver mais de Diana e Steve. Já Kristen Wiig é sempre a mesma. Bem que ela se esforça, mas eu fiquei me perguntando comos seria com Emma Stone no papel, que era a primeira opção.
De qualquer maneira, o filme funciona bem. Difícil dizer se as pessoas realmente sairão de casa para vê-lo no cinema. Posso dizer pela minha experiência que todas as vezes que estive no cinema, me senti muito segura. Tudo limpo, com distanciamento, e uma evidente preocupação para que as coisas estejam perfeitas. Além disso, Mulher Maravilha 1984 é um filme de super-herói/heroína. Ou seja, tudo é consideravelmente grandioso. Eu amei vê-lo na tela grande.
P.S. – Na sessão para a imprensa não havia cena pós-crédito. Mas se você for ao cinema agora, verá uma sequência impagável, especialmente para os fãs de longo tempo da Mulher Maravilha. #semspoilers