Viola Davis é uma diva sempre. Seja com suas indicações – e prêmio – do Oscar. Seja com sua performance igualmente premiada na TV em How to get Away with Murder. Ela é sempre sensacional. Agora, ela estrela um filme de ação (apesar dela não gostar da denominação), A Mulher Rei. O filme chega essa semana aos cinemas e vale a pena ser visto.
Primeiro a história. O filme acompanha a história de Nanisca (Viola Davis). Ela foi uma comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX. Durante o período, o grupo militar era composto apenas por mulheres. Entre as guerreiras está a jovem Nawi, que acabou de se juntar ao grupo. Juntas elas combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras. Conhecidas como Agojie, elas tem que lutar contra um novo inimigo.
O que achei do filme?
O apelo da história para os dias de hoje é claro. Fala sobre diversidade. As Agojie são mulheres responsáveis por defender seu mundo. A líder, Nanisca, é uma mulher negra de seus cinquenta anos que é a responsável por tudo isso. E o filme já começa com uma batalha eletrizante. É o suficiente para nos fazer conhecer essas grandes guerreiras. Elas lutam em nome do novo príncipe( feito por John Boyega, que não convence muito), mas é óbvio que são elas as grandes heroínas da história. E, é claro, há segredos, e lutas pelo poder.
O filme é um pouco longo demais, tem 2h15. Tem seus problemas, mas envolve. Fotografia, trilha sonora, cenografia são d primeira. Há inspirações de grandes histórias épicas. Nanisca tem um grande segredo, que a fará reavaliar muitas de suas ações. Nawi é um jovem que não aceita certas posições pré-estabelecidas. E ainda há Izogie, um misto de amiga e treinadora, que tem na performance poderosa de Lashana Lynch (a nova 007) um grande triunfo. Há momentos realmente sensacionais.
O filme ainda tem uma curiosidade para nós. Há um personagem brasileiro que terá grande importância no desenvolvimento da história. Há comércio de escravos. E o responsável por isso é feito por Hero Fiennes-Tiffin, de After. E ele inclusive fala português – de Portugal, que fique claro. Mas as mulheres dominam. Além de Lashana, ainda há Sheila Atim (The Underground Railroad) como a confidente, amiga e talvez algo mais de Nanisca. Thuso Mbedu, no papel de Nawi, convence bastante ( ela substituiu Lupita Nyong’o). Mas, claro, a estrela maior é Viola Davis! Nanisca é uma mulher brilhante, dura, poderosa, inteligente. É mais uma atuação arrasadora da diva.
Marcos
21 de setembro de 2022 às 5:12 pm
Impressionante como os filmes atuais querem glorificar a mulher “heroina”, vide o novo Predador, normalmente forçam a barra a todo custo, querendo promover uma certa masculinidade a essas mulheres heroínas. Já não basta o excesso de heróis que batem em todo mundo, o que dirá mulheres que dão porrada em brutamontes…
Saudade das verdadeiras heroínas, mulheres que lutam mais com a perseverança e sabedoria, atributos que já não são mais externato!