A estreia de um desenho da Disney nessa época é sempre um acontecimento. E, este ano, com Viva: A Vida é uma Festa, que é da Disney/Pixar, não é diferente. Eu confesso, entretanto, que depois que vi o trailer peça primeira vez, fiquei com um pouco de má vontade com relação a ele. Isso porque o visual e a ideia principal – uma viagem pelo mundo dos mortos, que faz parte da cultura Mexicana – se parecia muito com Festa no Céu, produzido por Guillermo Del Toro, de 2014. Mas no final, apesar de muitos pontos em comum , são muito diferentes. Continuo preferindo Festa no Céu do ponto de vista cinematográfico e de originalidade, mas Viva tem aquela marca registrada da Disney, que vai fazer você se emocionar e sair com os olhos vermelhos da sala de cinema.
Ele conta a história do menino Miguel, que sonha em se tornar um grande músico como seu ídolo, Ernesto de la Cruz, apesar da música ter sido banida há gerações em sua família. Uma coisa acaba levando à outra, e para provar o seu talento, Miguel se vê de repente no colorido Mundo dos Mortos seguindo uma misteriosa sequência de eventos. Ao longo do caminho, ele conhece o trapaceiro encantador Hector, e juntos eles partem em uma jornada extraordinária para descobrir a verdade por trás da história da família de Miguel.
O filme funciona bem, Miguel é um personagem interessante, que luta por aquilo que quer, mas também sabe reconhecer seu erro. Um atrativo a mais é o fofíssimo e divertido cachorro Dante, companheiro de aventuras de Miguel. Para aqueles que tem crianças pequenas, os personagens da Mundo dos Mortos nunca assustam. O filme brinca com elas e as tornam familiares e divertidas, ou às vezes, tristes, com é o caso de Chicharron, que foi esquecido por todos no mundo dos vivos.
O filme apresenta ainda uma boa reviravolta final, quando Miguel descobre uma verdade sobre sua família,um pouco antes do momento mais emocionante, onde é mostrada uma versão de Lembre de Mim/Remember Me, a canção que inclusive concorre ao Globo de Ouro no próximo domingo. Viva também concorre como melhor animação e é o favorito na categoria. Ele já ganhou os prêmios do New York Filme Critics e do National Board of Review. Além do sucesso de crítica, ele também foi bem nas bilheterias, já ultrapassou os 500 milhões de dólares no mundo.