Eu confesso que quando vi que o título do filme era Vovó Ninja, esperava pelo pior, rsrs. Só que o filme, que estreia nessa quinta nos cinemas, é muito simpático, uma aventura infanto-juvenil. Com a direção de Bruno Barreto, e Gloria Pires no papel principal, tem uma coisa que lembra um pouco as aventuras do Sítio do Picapau Amarelo 2.0, com as aventuras simples de crianças no campo, com sua avó mais do que especial. Gostei.
Arlete (Glória Pires) não é uma avó comum. Ela vive reclusa e se prepara para receber seus três netos em sua casa pelo período das férias, depois de muito tempo sem vê-los. O único problema é que as crianças estão insatisfeitas com a chácara da avó. Lá elas estão sem internet, com um monte de tarefas domésticas, uma casa cheia de regras e sem muita diversão em um período de calor. Mas após uma tentativa de roubo na casa da avó, um de seus netos, Davi, descobre que sua avó tem habilidades fora do comum. Ou melhor, algo que uma avó normalmente não tem. Junto com seus irmãos, Davi vai tentar descobrir o que sua avó esconde.
O que achei?
É claro que o filme não é uma obra-prima, mas funciona naquilo que se propõe. É uma aventura daquelas de sessão da tarde, com crianças descobrindo o prazer de brincadeiras no mato em vez de joguinhos no celular. E é principalmente sobre as relações de família. É especialmente tocante ver as cenas entre Gloria e Cleo, pela primeira vez contracenando como mãe e filha. Gloria também é ótima com as crianças que funcionam muito bem.
Há uma deliciosa inocência na história, até mesmo nos “vilões”. Isso além de bons valores de produção (fotografia, cenografia, edição) fazem de Vovó Ninja uma deliciosa sessão da tarde. E não se deixe enganar pelo título, rsrs.