Demorei para assistir Wicked pois a sessão para a imprensa foi durante a minha viagem. Mas eu estava super curiosa, já que adoro as homenagens/ referências a O Mágico de Oz, um dos meus Filmes da Vida. Já havia assistido o musical em que o filme se baseia em Londres, há muitos anos. Era visualmente muito lindo e tinha algumas músicas maravilhosas como Popular e Defying Gravity. Fui assistir essa semana num cinema com tela e som medianos, mas era o que dava por causa do horário. Apesar de ter gostado da peça e do filme, os dois sofrem de um mesmo problema. Com 2h40, Wicked – o filme é um pouco longo demais.
Sugiro que antes de assistir Wicked, você reveja O Mágico de Oz. O filme de 2024 fica bem mais divertido se você tiver os detalhes frescos de O Mágico de Oz na cabeça. Isso porque Wicked é um prelúdio, é a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz. O problema é que ela é incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, ela encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, que só quer garantir seus privilégios. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho.
O que achei?
Confesso que fiquei bem surpresa com o sucesso do filme. Em geral, as pessoas tem grande preconceito contra musicais (parece que todas elas desapareceram, rsrs). E Wicked não é como Mamma Mia, que tem as músicas conhecidas por todos. Mas fico feliz se o filme servir para acabar com o preconceito. Há belos momentos musicais , e as atrizes estão ótimas (mas ainda gostaria de ter visto com Lea Michele e Amanda Seyfried). Alguns números musicais são esquecíveis, que poderiam ter sido deixados de lado. Entretanto há Popular e especialmente Defying Gravity, que compensam. São lindos, e no segundo caso, emociona. É interessante saber que foi feito live, sem gravação posterior.
Fiquei muito surpresa positivamente com Jonathan Bailey como Fiyero. Sexy como nunca, e ainda funciona nos números musicais e nas cenas dramáticas e nas divertidas. O elenco ainda tem algumas outras escolhas inesperadas de elenco como Michelle Yeoh e Jeff Goldblum (que cantam falando, como Rex Harrison em My Fair Lady). Há ainda figuras conhecidas da Broadway como Ethan Slater (namorado na vida real de Ariana), e Keala Settle (de O Rei do Show) . Isso sem contar Peter Dinklage, que dubla Dr. Dillamond. Mas, confesso que o momento que mais me emocionou foi a aparição de Kristin Chenoweth e Idina Menzel, as Glinda e Elphaba originais, cantando em cima de um palco na rua. Amo essas duas, foi uma bela homenagem.
E no final…
Os cenários são bonitos, e a direção de arte e os figurinos provavelmente concorrerão a Oscar (o filme idem). Mas, sinceramente, não sei se foi um problema da sala de projeção ou se o filme é assim mesmo. Eu senti falta do brilho de O Mágico de Oz na fotografia – tudo me pareceu lindo, mas apagado. Ao seu final, Wicked já anuncia a sua sequência para novembro de 2025. Esse filme contará o segundo ato do musical, que é sensacional. Especialmente porque inclui Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde de maneiras bem improváveis, mas que fazem todo o sentido. Confesso que estou ainda mais curiosa para ver essa sequência.