Cine Ceará: Deborah Secco recebe homenagem

Normalmente a gente fala mais sobre o cinema de Hollywood aqui no Blog, mas o querido amigo, o jornalista Roberto Guerra, está lá no Cine Ceará Festival Ibero-Americano e vai mandar algumas notícias muito interessantes com exclusividade para a gente sobre tudo o que está acontecendo por lá. A primeira é uma entrevista com Deborah Secco, que estrela Boa Sorte, que será lançado nos cinemas nesta quinta-feira (20). O filme tem como grande chamariz a atuação de Deborah, que emagreceu e que nunca esteve melhor atriz. O filme vale por ela. Acompanhe o bate -papo dela com Roberto:

Cine Ceará: Deborah Secco recebe homenagem

De volta ao elegante Theatro José de Alencar, no Centro de Fortaleza, a 24ª Edição do Cine Ceará- Festival Ibero-americano começou neste sábado (15) sua maratona de filmes, que segue até o dia 22. O destaque da abertura foi a homenagem à atriz Deborah Secco, que recebeu o troféu Eusélio Oliveira pela carreira na telona.

Deborah é protagonista do filme Boa Sorte, de Carolina Jabor, que foi exibido no evento neste domingo (16). Na produção a atriz interpreta Judite, mulher que vive um amor intenso e transformador numa clínica de reabilitação.

Depois da homenagem, o Blog de Hollywood teve acesso ao camarim da atriz, que revelou em entrevista estar direcionando sua carreira ao cinema. Confira o bate-papo:

– Sua carreira ainda está dando os primeiros passos no cinema e, de repente, uma homenagem no Cine Ceará. Como se sente?

É muito louco. Quando chegou esse convite do Cine Ceará… Eu fico sem palavras. É realmente mais do que eu esperava e poderia querer. Venho, há quatro anos, fazendo uma escolha profissional muito difícil.  As pessoas me questionam muito. Por que você está abrindo mão de fazer mais novelas? Por que está abrindo mão de ser mais famosa?

– Quer se voltar mais para o cinema?

Estou muito certa da carreira que quero, uma carreira que seja mais qualitativa do que quantitativa. Mais artística e menos ‘celebridade’. Uma carreira que me preencha mais como ser humano.

– É uma mera questão de escolha?

Não mesmo, é difícil. Venho nestes últimos anos brigando muito pelo cinema. Briguei pelo papel de Bruna (Bruna Surfistinha). Convenci o Baldini (Marcus Baldini, diretor do filme) de que eu era a atriz. Ele não me queria. Minha carreira no cinema é brigada, não é uma carreira que veio, que brota em propostas. Claro, eu recebo propostas, mas a maioria não me diz muito.

– As propostas vêm então. O que recusa e por quê?

O que me atrai é fazer cinema e não projetos que são comerciais demais, que são quase igual séries de TV que simplesmente são exibidas no cinema. Quero ter o tempo do cinema, quero contar uma história que tenha outro tempo. A captação no cinema é mais profunda, você não pega só o superficial.

– Não hesita em tomar essas decisões, recusando trabalho?

Sei que estou tomando decisões que não poderei voltar atrás. Mas quando me questiono, não tenho dúvida de que estou certa. Sinto essa certeza dentro de meu coração. Nasci para essa arte, o cinema. E antes de meu segundo grande filme estrear, recebo esta homenagem do Cine Ceará.  Isso prova que estou no caminho certo, mesmo que vá me custar menos fama, dinheiro e popularidade.

 – Suas expectativas para estreia de Boa Sorte, que chega aos cinemas nesta quinta-feira?

Eu não posso ter expectativas melhores. Nas pré-estreias recebi muitos elogios, do público e colegas atores. Disseram sobre o quanto o filme era incrível, o quanto era apaixonante, de quanto tinha proximidade como o espectador. Esse é um filme que pega o espectador pela emoção. Eu acredito muito nesse filme.

* A foto de abertura da matéria é de Celso Oliveira.