A gente já sabia que a festa do Oscar desse ano ia ser diferente. Bem menor, e sendo considerado o Oscar de maior diversidade da história. Bem, o filme dirigido por uma mulher de origem asiática, Nomadland, acabou sendo o grande vencedor da noite. Foram 3 prêmios: filme, direção (Chloe Zhao) e atriz (Frances McDormand). Normalmente as pessoas que assistem ao filme, o acham o máximo, emocionante mesmo. Não é o meu caso. Mas, a Academia tem dessas coisas.
A divisão
Os demais prêmios ficaram bem divididos. Mank ficou com dois, assim como A Voz Suprema do Blues, Judas e o Messias Negro, Soul, e Meu Pai. Aliás, a grande surpresa da noite aconteceu com uma vitória desse filme. Ao contrário do que todos esperavam, Anthony Hopkins venceu Chadwick Boseman na categoria de melhor ator. Não estou aqui dizendo que Hopkins não merecia, mas sim que a vitória do falecido ator já era dada como certa. Ele foi um dos homenageados do In Memoriam.
Emoção e Diversão
O formato da festa foi totalmente diferente, começando com Regina King (a mais bem vestida da noite) entrando na Central Station. Ela faz um discurso de abertura, e entrega os dois primeiros prêmios. Isso também ocorreu de uma maneira também diferente. Não foram mais exibidas as cenas dos candidatos. Mas se contava uma pequena história sobre o indicado. Houve momentos bem bonitos. Daniel Kaluuya ficou claramente emocionado quando Laura Dern falou sobre ele. Outra situação de destaque foi o discurso de Tyler Perry, premiado com o prêmio humanitário Jean Hersholt. Ele falou sobre ajudar um ao outro, e, principalmente, “recusar o ódio”.
Mas também houve situações divertidas. O maior deles foi o discurso de Yuh Jung Youn, a melhor coadjuvante por Minari. A senhorinha flertou com Brad Pitt (quem pode culpá-la? rsrs), mandou um recado para os filhos, e fez todos mundo dar risada. Daniel Kaluuya agradeceu sua mãe, que estava na platéia por ter transado com seu pai, que o fez nascer. E ainda Lil Rel Howery tentou fazer um sketch mais divertido, só que estava difícil, rs. Andra Day até falou um palavrão no meio da transmissão. Mas, o melhor mesmo foi Glenn Close fazendo a dancinha DaButt. Glenn é o máximo. Mesmo depois de perder pela 8ª vez o Oscar.
Falhas e injustiça
Uma falha foi a situação dos indicados a canção. Todas foram apresentadas antes do Oscar começar. Como estava acompanhando o tapete vermelho pelo canal E, fiquei sem ver. Aliás, nem sei se a TNT mostrou todas elas. Pena! Aliás, que surpresa que a pior de todas as cinco músicas acabou sendo a premiada como o Oscar: Fight for You , de Judas e o Messias Negro
Falando em injustiça, infelizmente, Os 7 de Chicago, o meu filme preferido entre os indicados, acabou sendo o grande perdedor. Saiu sem uma única estatueta. Não merecia isso. Mas a gente já deveria estar acostumado aos melhores filmes que acabam não sendo premiados no Oscar. Isso já é parte da história.
Os vencedores
Roteiro – Bela Vingança
Roteiro Adaptado – Meu Pai
Filme estrangeiro – Druk: Uma Nova Rodada
Ator coadjuvante – Daniel Kaluuya – Judas e o Messias Negro
Cabelo e Maquiagem – A Voz Suprema do Blues
Figurino – A Voz Suprema do Blues
Direção – Chloe Zhao – Nomadland
Som – O Som do Silêncio
Curta- Metragem – Two Distant Strangers
Curta de Animação – Se algo acontecer… te amo
Animação – Soul
Documentário curta-metragem – Colette
Documentário – Professor Polvo
Efeitos Visuais – Tenet
Atriz Coadjuvante – Yuh-Jung Youn – Minari
Design de Produção – Mank
Fotografia – Mank
Montagem – O Som do Silêncio
Trilha Sonora – Soul
Canção – Fight for You – Judas e o Messias Negro
Filme – Nomadland
Atriz – Frances McDormand – Nomadland
Ator – Anthony Hopkins – Meu Pai