A Netflix vem fazendo grandes produções aqui no Brasil. Teve um enorme sucesso mundial com 3%, teve o reconhecimento de público e crítica com Sintonia, e fez uma fantástica reconstituição de época com Coisa Mais Linda – para mim, a melhor delas. E agora, nessa sexta (25), estreia mais uma super-produção da empresa: Irmandade. Com oito episódios, a série tem um pouco de história policial e também entra naquele sub-gênero conhecido como “histórias de prisão”.
Ambientada na cidade de São Paulo dos anos 90, a série conta a história de Cristina (Naruna Costa), uma advogada honesta e dedicada que faz uma terrível descoberta. Seu irmão Edson (Seu Jorge) que foi preso quando ela era uma menina, ainda está na cadeia. E pior, lidera uma facção criminosa em ascensão – conhecida como “Irmandade”. Ao tentar ajudá-lo, ela acaba sendo forçada pela polícia a virar informante e a trabalhar contra o irmão, que não vê há anos. Ao se infiltrar na Irmandade, numa missão arriscada e perigosa, ela entra em contato com seu lado mais sombrio, e começa a questionar suas próprias noções de Justiça.
Sou meio suspeita para falar sobre “histórias de prisão”. Confesso que não gosto. Acho que a úncia que adoro – vejo e revejo sempre – é À espera de um Milagre, com Tom Hanks. É a minha exceção à regra. Creio que a gente já vê notícias reais demais nos jornais. Não é o que busco quando procuro filmes e séries. Mas, de qualquer maneira, também acho que a gente tem que manter a mente aberta para tudo, sem preconceito algum.
O que achei?
Vi os primeiros episódios, disponibilizados pela Netflix para a imprensa. Obviamente é uma produção de primeira linha. Tem fotografia, direção, roteiro muito bem construídos. Para se ter uma ideia, as cenas da prisão foram feitas em uma área desativada de uma prisão verdadeira. A atriz Naruna Costa não compromete, mas é claro que é Seu Jorge quem brilha. Com talento e carisma, faz com que você não consiga tirar os olhos dele nas cenas.
Mas, devo dizer que senti que estava vendo mais do mesmo. Facção, corrupção, condições de vida terríveis. Toda uma história de submundo que provavelmente tem um público que adora e consome avidamente. Não é o meu caso. Prefiro os zumbis de Daybreak, os veteranos de O método Kominsky ou ainda ver o final da história de Suits – tudo estreando agora. #mejulguem