A primeira temporada de The Alienist, disponível na Netflix, foi uma grata surpresa. Uma série de investigação, que se passa no fim do século 19, com excelente produção, uma história envolvente, e atores em grandes momentos. Chegou a ser indicada ao Globo de Ouro de série de drama e Daniel Bruhl como ator. O tempo passou, e agora a segunda temporada chegou na Netflix. Ela tem uma outra história, completamente diferente, mas com os mesmos personagens. Eles agora investigam um novo caso em oito episódios. Novamente, a produção é de primeira qualidade. Me deixou completamente envolvida com a história.
Um ano se passou também no cronograma da história. Dentro de sua proposta de não fugir de cenas chocantes, a nova temporada já começa com uma mãe acusada de matar seu bebê sendo executada na cadeira elétrica. Ela era uma paciente de Lazlo (Daniel Bruhl) e seus amigos John (Luke Evans) e Sarah (Dakota Fanning) estão lá com a esperança de que haja um perdão. Sarah agora tem uma agência de detetives, e está determinada a comprovar que a mulher era inocente.E ainda achar o bebê, cujo corpo nunca foi encontrado. Só que logo um outro bebê, filha de diplomatas espanhóis, desaparece. Sarah, John e Lazlo então tem que correr contra o tempo para salvá-lo e achar quem é a pessoa responsável por esses sequestros.
A crítica
Ao contrário da primeira temporada, a protagonista aqui é Sarah. Em tempos de #MeToo, nada mais natural. Já de início vemos que ela é uma líder dos movimentos sufragistas. É determinada, e luta por uma vida independente. A possibilidade de um romance com John ficou no meio do caminho – ou nem tanto – já que ele agora tem uma noiva. Durante o decorrer da temporada é possível entender a razão. Já Lazlo tem um caminho um tanto independente – arrumam até um interesse amoroso para ele. Mas, de qualquer maneira, com todas as reviravoltas, idas e vindas, a relação entre esses três, seja pessoal ou profissional, é um prazer de ver.
Você vai ficar surpreso de logo na metade da temporada já descobrir quem é a pessoa culpada. Mas aí vem o diferencial de The Alienist. O problema não é nem tanto descobrir quem é a culpada, mas como ultrapassar todas as barreiras para chegar até ela e salvar inocentes. Além dos três principais, há outros personagens que retornam. Os ótimos irmãos Isaacson, os precursores de CSI (rs), o amigo Cyrus, e, é claro, o antagonista Byrnes – Ted Levine, ótimo. Assim como na primeira temporada, há figuras históricas reais. Quem sabe um pouco sobre a história americana vai reconhecer os nomes milionários de Hearst e Vanderbilt, que têm papéis importantes no desenrolar da trama.
Os atores
Dakota Fanning pode ser a principal, e ela é sempre boa, assim como Daniel Bruhl. Mas, na verdade, quem mais me surpreendeu nessa temporada foi Luke Evans. Como os outros dois tem como característica a frieza, John Moore era um sopro de vida. Algué, por quem a audiência pode ter uma identificação, uma empatia. A cada olhar de John para Sarah, é possível você se apaixonar um pouco por ele. E, é claro, torcer por esse romance tão especial num cenário tão decadente. É um dos motivos para você não perder essa nova temporada de The Alienist. E torcer para que venha uma terceira!