Eu era uma daquelas pessoas que estava acompanhando The Nevers na HBO basicamente por teimosia. Sim, porque a série vinha sendo muito decepcionante. Com exceção de algum momento ou outro mais interessante, perseguições e lutas, estava tudo muito enrolado. Personagens demais faziam que a gente se sentisse perdida com algumas referências. Fiquei pensando como Joss Whedon teria criado algo tão chato. Sim, ele pode ser um canalha no set, como a gente viu nas histórias de Charisma Carpenter e Gal Gadot, entre outros. Mas eu gosto muito do seu trabalho como diretor, roteirista e criador de séries. Ele sabe contar uma boa história, só que esse não parecia ser o caso de The Nevers. Mas, nesse domingo (16) veio o último episódio da primeira parte da primeira temporada. E tudo mudou! Aí vem #spoiler, se não viu o episódio, pare de ler aqui!!
Eu confesso que quando o episódio começou achei que tinha colocado no canal errado. Ou que era o anúncio de uma nova série da HBO. #sóquenão. Era realmente uma explicação sobre a história. Uma forma de entender tudo – ou quase – o que tinha acontecido até aquele momento. Ao viajar no tempo – do futuro, passado e presente do que vínhamos acompanhando – foi possível entender melhor a situação de Amalia True e de todos os tocados.
Mais #spoilers
O início do episódio que eu não entendi a princípio, mostrava um local do futuro. Totalmente dark e destruído. É chamado de Parte 1. Acompanhamos um grupo de soldados em um tipo de estação científica. E há uma guerra entre os partidários do Free Life e do PDC. Um grupo defende a permanência dos extraterrestres Galanthi, e o outro quer matá-los. É nesse momento que percebemos que uma mulher prisioneira é Amalia. Bem mais velha, mas com os mesmos tiques e visões. Só que ela não é bem Amalia. É uma outra pessoa, que atende pelo codinome de Stripes. Quando essa mulher se mata, a luz azul dos Galanthi a envolve e “sua energia” vai parar no corpo de Amalia do passado.
Num outro flashback, a parte 2, acompanhamos a vida dura de Amalia, que era chamada de Molly. Forçada a se casar com um bruto, não consegue ter filhos, tem que cuidar da sogra doente e o marido ainda morre. Não é à toa que lembramos que no primeiro episódio ela tentava se matar. É quando a alma de Stripes acaba no corpo de Molly/Amalia.
A parte 3 começa com Stripes tentando se adaptar ao corpo de Amalia num hospício. É lá que ela se torna amiga de Sarah (que se transformará em Maladie no futuro). Também é nesse momento que ela inicia o romance com o Dr. Cousens. E quando Lavinia lhe oferece a oportunidade de gerenciar o orfanato.
A parte 4 nos traz para o momento do episódio anterior. Amalia questiona Galanthi a razão de tudo e tem várias visões. Uma delas inclusive com Myrtle (a garota que fala várias línguas), como se fosse a voz do extraterrestre. De volta ao orfanato, e reunida com todos, Amalia combina com Penance que não irão mais esconder a verdade.
No final…
É óbvio que uma grande batalha está por vir. Mas é bom que este útlimo episódio de The Nevers não tenha perdido tempo com o clube de sexo, os políticos chatíssimos. E para quem conhece a obra de Joss Whedon, é só lembrar que ele adora essas reviravoltas, como em O Segredo da Cabana ou ainda na série Dollhouse. A segunda parte da série não terá mais seu envolvimento. Provavelmente devido às inúmeras acusações de comportamento tóxico. Philippa Goslett será a responsável. E também não se sabe quando irá estrear, já que as datas foram comprometidas por causa da pandemia. De qualquer maneira, essa mudança completa na história me fez ficar curiosa sobre o que virá a seguir. Para quem quiser conhecer os seis episódios de The Nevers, eles estão disponíveis na HBO Go.