Lembro-me quando estreou a primeira temporada de American Horror Story. O tema era uma casa assombrada. Mas nunca havia visto antes um terror tão sem limites sendo exibido na TV americana em uma série semanal. Não era somente violento como The Walking Dead, mas era um terror psicológico e psicótico, com personagens “doentes”, todos com problemas a esconder. Gritos, sexo e violência, com um toque de sadismo, estavam sempre presentes. Era uma tremenda mudança para o produtor Ryan Murphy, que tinha feito Glee anteriormente.
A segunda temporada continuou com seu compromisso de chocar. Dessa vez, tudo se passava dentro de um asilo de loucos, gerenciado por uma freira ainda mais enlouquecida (Jessica Lange em seu momento doida completa). Apesar de alguns atores serem os mesmos, os personagens e a época são diferentes. Ela se passa nos anos 60, e tem uma narrativa mais coerente e fácil de acompanhar do que a primeira. Mas obviamente o compromisso com a loucura fica ainda mais evidente por causa do local onde a ação se passa. E novamente estão aqui a violência, o sexo e o comportamento psicótico. É claro que também há um cientista louco (James Cromwell), uma intrépida repórter (Sarah Paulson) e um padre com pensamentos pecaminosos (Joseph Fiennes), todos envolvidos numa atmosfera chocante e altamente subversiva.
A terceira é para mim a melhor de todas, American Horror Story: Coven. Deu a Jessica Lange a sua melhor personagem na série, a líder de uma escola de bruxas. Essa temporada também é considerada a mais leve de todas até agora. Não pense que o chocante e o nojento não estão presentes, mas ela é mais elegante, dentro das possibilidades de American Horror Story. Não há tanto horror, mas sim um tom de ironia, graças especialmente ao personagem de Jessica. Também estrearam na franquia gente do talento de Angela Bassett, Kathy Bates, Danny Huston, todos com grandes personagens ao seu dispor.
Freak Show era o tema da quarta temporada. Talvez tenha sido o mais difícil de assistir, pois lidava com pessoas que realmente tinham deformidades. A pobreza de um circo que usava a curiosidade das pessoas com relação a essas deficiências foi a mais pesada e chocante, com Jessica como Elsa Mars, que lutava para manter o seu show vivo. Ryan Murphy mais uma vez deixou claro que não queria deixar ninguém a vontade com a série, usando dessa vez a linguagem do grotesco e do bizarro. Entre os momentos mais marcantes, está a incrível atuação de Sarah Paulson como uma mulher de duas cabeças (os diálogos entre as duas são um show à parte da atriz) e um dos mais aterrorizantes palhaços que já vi. Para quem, como eu, não gosta de palhaços, pode ter certeza que essa temporada rende alguns pesadelos…
A última temporada, American Horror Story: Hotel não teve mais Jessica Lange, mas teve Lady Gaga, que chegou a ganhar um Globo de Ouro por sua atuação como a dona de um hotel assombrado, obviamente inspirado em O Iluminado. O sexo aqui é a força motriz, especialmente em uma cena em que Gaga e Matt Bomer tem um momento sanguinário e sensual. No último sábado, essa temporada foi premiada com os Emmys técnicos de figurino e maquiagem (o visual de Gaga era incrível). No próximo domingo, Kathy Bates e Sarah Paulson concorrerão aos prêmios de coadjuvante. Pena que o incrível trabalho de Dennis O’Hare como o travesti Liz não tenha sido reconhecido também.
E agora, cercada de mistério, a sexta temporada vai estrear no canal FX, a meia noite e meia de quinta(15) para sexta feira. Numa entrevista, Ryan Murphy mais uma vez afirmou que todas as histórias de todas as temporadas estão conectadas, e que a história esse ano se passará nos dias atuais “com ecos do passado”. Ou seja, todos nós vamos começar a ver sem ter a menor ideia do que vai acontecer. Assustador não?
https://www.youtube.com/watch?v=bkP_nKldwmw
SPOILER: O primeiro episódio da sexta temporada de American Horror Story foi exibido ontem(14) nos Estados Unidos. Apesar de ter dado várias pistas falando sobre um casal inter-racial, que tem que se mudar para uma pequena cidade devido ao preconceito, muitas perguntas foram deixadas no ar. Até porque a cidade para onde o casal se muda é o mesmo local de uma conhecida história onde, em 1590, mais de 100 pessoas desapareceram misteriosamente. A série ainda apresentou o casal principal no passado e no presente. Cuba Gooding Jr. , Sarah Paulson, Lily Rabe, Kathy Bates e Wes Bentley, e até Chaz Bono, aparecem no episódio.
Arely
5 de dezembro de 2016 às 5:15 pm
Minha estação favorita é quando ele sai Adam Levine e Joseph Fiennes no papel de um padre, acho super bom ator. Aproveite para recomendar um filme de muito boa Joseph Fiennes, saiu este ano, Ressurreição/ Risen. Fala de Jesus como um homem julgado pelo Império Romano, e acabar com a possibilidade de humano e celestial sendo deixada em aberto. I compartilhar informação http://www.hbomax.tv/movie/TTL603372/Ressurreição Lembranças