Durante um bom tempo acompanhei avidamente American Horror Story. Até a quinta temporada, não perdia uma. Mas aí, depois de Hotel (a quinta), eu acabei perdendo as demais. Na verdade, foi pura falta de tempo/oportunidade. Gosto da loucura total do terror de AHS. É mais uma daquelas que tenho que retomar. O J. Renato resolveu começar pelo fim, justamente com a última exibida, American Horror Story – 1984. A crítica dele está aqui. Só para relembrar, a 10ª temporada – AHS: Double Feature– , vai chegar em agosto no FX. E em julho, o spinoff, American Horror Stories, vai estrear nos Estados Unidos no Hulu.
American Horror Story – 1984
Fui bem resistente. Até pensei em pular na minha lista rigorosa de séries (rs). Mas fui adiante com o plano de ver American Horror Story – 1984. Não! As demais temporadas da série não vi. Pra quem não sabe, cada temporada é uma história diferente. Por que assisti justamente essa? Por ser fã de mistério, suspense e algo que de preferência fuja um pouco do terror sobrenatural.
Mas foi aí que me veio a surpresa… Ryan Murphy não dispensou as coisas do além. E misturou com o mundo físico/material (não vou dizer mundo real porque a mente do roteirista é surreal). Ryan não economiza o peso da mão. No popular “viajar na maionese”, ele coloca sua imaginação fértil pra jogo em AHS 1984.
A crítica
Satirizando os anos 80, alguns chegam a dizer que essa é de longe, a temporada mais versátil. Os cenários, objetos e figurinos, logicamente são da época retratada. As referências de tom irônico/debochado vão desde as falas aos comportamentos dos personagens bem escrachados em cena. A introdução do episódio piloto e até mesmo a abertura, exaltam os vídeos de ginásticas que foram sucessos naquele tempo. Óbvio que a estrela Jane Fonda foi mencionada em algum momento.
Atualmente com nove temporadas, incluindo esta da temática em ‘1984’, American Horror Story está no Globoplay. Encabeçado por Emma Roberts, o elenco tem vários atores de outras temporadas. Mas também há novos nomes presentes, como o de Angelica Ross.
Caso goste de clássicos slasher como Lenda Urbana e trash igual Todo Mundo em Pânico, essa é pedida para sua distração. Tenho certeza que você não vai esquecer tão cedo do temido acampamento Redwood. Coisas sinistras acompanhadas de assassinatos por diversão cercam o lugar. E tem coisas bem bizarras e sanguinolentas. E por falar em sangue: é muito sangue na tela, minha gente! As mortes são canastronas, porém muito sanguinárias. Marca registrada da antológica produção.
Murphy nos direciona de volta a sua extinta série cancelada após somente duas levas de episódios (Scream Queens). Essa nona temporada de AHS lembra bastante as estonteantes Rainhas do Grito. Era ruim que chegava a ser boa, hein?!.
A surpresa e a emoção
A sensação que me veio no segundo episódio de AHS 84 é de parar sem continuar. Como são apenas 09 episódios em torno de 40 minutos, então prossegui. O meio do roteiro foi estranho igual imaginei. Contudo, nada do que foi pensado ou esperado, acontece. Já na reta final, o penúltimo e último capítulo garantiram que a escolha valeu a pena. O toque de emoção veio. Passando ligeiramente pela confusão de décadas de onde o enredo se iniciou.
Os que acompanham Ryan Murphy através de seus conteúdos, sabem que no fim tudo tem uma explicação. Mera motivação… Seja ela plausível, exótica. Alinhada num fator determinante pra confundir mais ainda. Coerente talvez, certo nem tanto!