Sempre digo que é impossível qualquer pessoa dizer que escolheu “as melhores séries do ano”. Isso porque com tantas produções, é simplesmente impossível alguém assistir tudo. Então eu prefiro ir por outro caminho mais real. Já aproveito para também reconhecer aqui as melhores interpretações que vi em séries: Cate Blanchett e Kevin Kline, ambos por Disclaimer. Simplesmente sensacionais.
Aqui estão as 10 séries que mais gostei em 2024 (não vou colocar as piores pois desisto antes de terminar, rsrs)
10 – Only Murders in the Building – Disney Plus
Only Murders in the Building é uma de minhas séries atuais favoritas. A quarta temporada mais uma vez a série apresentou uma história divertida, e em alguns momentos até tocante. Tudo começa logo após os acontecimentos do final da temporada passada, com Sazz (Jane Lynch) levando um tiro. Isso leva ao início a mais uma investigação de assassinato no prédio. Paralelamente, o sensacional trio composto por Charles (Steve Martin), Oliver (Martin Short) e Mabel (Selena Gomez) vai para Hollywood (mas só por um episódio) porque vão fazer um filme sobre os três e suas investigações. A temporada alterna e, depois de um certo momento, junta essas duas linhas de ação. O roteiro ainda dá continuidade à história do romance entre Oliver e Loretta (Meryl Streep), mas com menor presença dessa última (3 episódios).
9 – Um Lobo como Eu – Temporada 2 – Prime Video
Pouca gente fala sobre essa série, mas eu adorei a primeira temporada, e também a segunda que estreou esse ano. É drama, é comédia, humor negro, história de família, suspense, fantasia, terror, romance. Ufa! Há momentos em que você pula de um gênero para o outro quase sem perceber. Mary (Isla Fisher) e Gary (Josh Gad) estão vivendo a segunda fase de seu relacionamento. Só que como ela está esperando um bebê, as coisas ficam ainda mais complicadas. Especialmente porque ambos estão incertos que fizeram as escolhas certas. Especialmente quando um ex de Mary (Edgar Ramirez) aparece na história. E além disso, há problemas com portas, com a polícia, e com a adolescência de Emma (Ariel Donoghue). Além do fato do bebê poder chegar na hora errada.
8 – Joan – Universal Plus
Outra série pouco falada, mas muito boa, especialmente na reconstituição dos anos 80, contando uma história verdadeira. A história se baseia numa autobiografia I Am What I Am: The True Story of Britain’s Most Notorious Jewel Thief. Na série, Joan é uma jovem mãe de 20 anos que, após uma vida marcada por dificuldades, busca desesperadamente um futuro seguro para si e sua filha Kelly (Mia Millichamp-Long). Após uma noite de terror envolvendo bandidos à procura de seu namorado Gary, Joan decide fugir com a filha. Sem condições de cria-la, coloca-a em um orfanato, enquanto tenta reconstruir sua vida em Londres. Trabalhando no salão de sua irmã Nancy (Kirsty J. Curtis), Joan percebe que o emprego não é suficiente para alcançar seus sonhos. Movida pela ambição, ela se envolve no mundo das joias. É quando conhece Boisie (Frank Dillane), um antiquário que a acompanha no caminho do crime. Juntos, formam uma parceria profissional e amorosa, mas a busca pela riqueza através de meios ilegais acaba custando mais do que Joan imaginava.
7 –Maxton Hall – Prime Video
Maxton Hall é uma série cuja primeira temporada tem 6 episódios (é rapidinha de ver). Se baseia num romance com o título de Save Me, de autoria de Mona Kasten, que faz parte de uma trilogia. A personagem principal é Ruby Bell. Ela tem dois objetivos: passar despercebida no colégio de elite Maxton Hall, onde conseguiu uma bolsa, e passar na faculdade dos seus sonhos, Oxford. O outro personagem importante da história é James Beaufort, o lindo garoto popular da escola, capitão do time de lacrosse e herdeiro de uma empresa milionária. É um novelão assumido – e muito bem feito.
6 – Ninguém Quer – Netflix
Uma apresentadora de podcast sobre sexo e um rabino se apaixonam e precisam superar suas diferenças de estilo de vida para que o relacionamento dê certo. Joanne (Kristen Bell) é uma podcaster que fala sobre relacionamentos e vida sexual que não tem muita ligação com a fé. Diferente de Noah (Adam Brody), um rabino recém-solteiro que leva a comunidade da sinagoga e a tradição judaica muito a sério apesar de ser muito mais “descolado” que seus companheiros de profissão. Os dois acabam se conhecendo e instantaneamente sentem uma forte química. Ao embarcarem nesse relacionamento, tentam compreender e dialogar sobre suas diferenças de estilo de vida. Só que o que complica é a intromissão de suas respectivas famílias. Noah e Joanne conversam, mostram seus defeitos e inseguranças. E Kristen e Adam tem uma química sensacional. Você sente a paixão (a cena do primeiro beijo é de ficar sem fôlego), e sente a vontade que os dois tem de ficar juntos mesmo com todos os impedimentos.
5 – Minha Lady Jane – Prime Video
A história real é tristíssima, mas a série obviamente fica bem longe de grandes dramas . Assim une fantasia e comédia de maneira bem eficiente e divertida. Nesta nova versão da história, o filho do Rei Henrique VIII, Eduardo (Jordan Peters), não morre de tuberculose, e Lady Jane Grey e seu marido não são decapitados. Ao receberem a coroa, desta vez Lady Jane (Emily Bader), uma jovem brilhante e um pouco cabeça dura que se torna rainha da Inglaterra da noite para o dia e se vê como um alvo de outros nobres que querem sua coroa, estará preparada para se defender. Pena que a série foi cancelada.
4 – Acima de Qualquer Suspeita – Apple TV Plus
A série mostra o que acontece quando um terrível assassinato abala o escritório do promotor público de Chicago. Isso porque o vice-promotor Rusty Sabich (interpretado por Jake Gyllenhaal) é suspeito do crime, já que ele é a vítima eram amantes. Mostra ainda detalhes da investigação e como a história afeta a família de Rusty. Além disso, também mostra a disputa pelo poder dentro do ambiente político da cidade. A série é cheia de reviravoltas, e o desfecho é diferente do filme dos anos 90, com Harrison Ford.
3 – Um Cavalheiro em Moscou – Paramount Plus
A série consegue mesclar drama, suspense e comédia, com uma direção de arte sensacional. Se baseia no best-seller de Amor Towles. A série acompanha a história do conde Alexander Rostov (Ewan McGregor – ótimo). Logo após a Revolução Russa, ele descobre que seu passado, a origem de sua família e riqueza o coloca do lado errado da atual história. O conde consegue escapar da pena de morte, mas é isolado por tempo indeterminado no luxuoso Hotel Metropol. Mas ele terá que ficar num sótão, e não poderá deixar as dependências do hotel, senão será morto. À medida que os anos passam e algumas das décadas mais tumultuadas da história russa se desenrolam fora das portas do hotel, as atuais circunstâncias de Rostov proporcionam-lhe a entrada num mundo muito mais vasto de descobertas emocionais. Entre os cômodos do hotel, ele descobre o verdadeiro valor da amizade, família e do amor.
2 – Disclaimer – Apple TV Plus
Na série, uma renomada jornalista, que construiu a reputação ao revelar os erros e transgressões de outras pessoas, recebe um romance de um autor desconhecido em que é a personagem principal de uma história que expõe seus segredos mais sombrios. Enquanto luta para descobrir a identidade do autor, ela é forçada a confrontar seu passado antes que isso destrua sua vida e seu relacionamento com o marido, Robert. São 7 episódios que manipulam a audiência, usando especialmente a narração de Indira Varma (entre outras). E, claro, Kevin Kline e Cate Blanchett sensacionais nos papéis principais.
1 – Xógum – Disney Plus
A série se baseia no livro do mesmo nome, escrito por James Clavell. Ela acompanha a história do marinheiro britânico Jack Blackthrone (Cosmo Jarvis). Após naufragar no litoral japonês, ele se encontra em uma série de conflitos políticos e armamentistas no início da eclosão de uma guerra civil. Para sobreviver em um país desconhecido, é usado como peão pelo líder japonês Lord Toranaga (Hiroyuki Sanada). Este tem planos muito claros para não morrer, e chegar ao topo da cadeia governante. Xógum explora o universo mítico dos samurais e das gueixas em um Japão dividido por religiões e políticas. Tudo isso num contexto histórico, que abrange a época das grandes navegações, mostrando o poder da igreja, e os costumes locais. A cenografia, o figurino, o roteiro, a coreografia das batalhas (a luta de Mariko é sensacional), e especialmente as atuações, tudo é de primeira linha.