13 Reasons Why fez escola. Segundo o site Deadline, todos os episódios da série Sharp Objects/ Objetos Cortantes, que estreia hoje (8), às 22 horas na HBO, vão terminar com um texto advertindo que se você conhece alguém que tem problemas de auto-mutilação e abuso de álcool e drogas, para buscar ajuda. Isso porque a personagem de Amy Adams na série é praticamente um poço de auto-destruição.
A série, baseada num livro de sucesso de Gillian Flynn (a mesma de Garota Exemplar), é dirigida por Jean-Marc Valée, saído do recente sucesso de Big Little Lies. Aqui, Amy é Camille Preaker, repórter de um jornal de Chicago, que tem que voltar para a pequena Wind Gap, no Missouri, e cobrir um misterioso caso de assassinato e desaparecimento de jovens garotas. Só que reviver o passado, regressar para a casa de sua mãe ( a ótima Patricia Clarkson), encontrar a meia-irmã (Eliza Scanlen), que é praticamente uma desconhecida, representam apenas uma parcela das dificuldades que ela precisará enfrentar. E o pior é que Camille também precisará trabalhar com a polícia e os moradores locais em busca de pistas sobre o caso das garotas desaparecidas, desvendando tanto os dolorosos mistérios de sua família quanto os de sua antiga cidade. Mas, para lidar com tudo isso, ela só conhece uma maneira: beber, beber muito (mesmo)!
Eu vi os dois primeiros episódios – de um total de oito -, e posso dizer que a série é realmente incômoda. Tanto pelo clima, como pela história, com requintes de crueldade mental, e principalmente porque é muito clara a jornada de auto-destruição de Camille – repare na menina que faz Camille quando criança, é Sophia Lillis, de It: A Coisa. Quando adulta, ela nunca para de beber, nem por um minuto desses episódios iniciais. Há momentos que até quem está assistindo começa a ficar enjoado de tanto álcool. Detalhe: e é claro que dificilmente alguém que bebe tanto quanto Camille teria a pele e o cabelo de Amy Adams – Mas tudo bem!! Rs!
Mesmo me sentindo incomodada com o clima da série, entretanto, fiquei curiosa para saber o que há por trás de tudo, dos assassinatos, das relações entre todos os membros dessa família, da participação do detetive vivido por Chris Messina, que tem uma óbvia química com Amy desde os tempos de Julie & Julia. E, é claro, há Amy Adams, também produtora, que tem uma atuação que os críticos americanos estão considerando a melhor de sua carreira . Não vi isso durante os dois primeiros episódios, mas tenho a esperança que ela pode melhorar – para mim, sua melhor interpretação ainda é em Grandes Olhos.