2013 foi um excelente ano para as produções de TV. Grandes artistas, textos excelentes e cenas que cada vez mais cinematográficas. Por outro lado, aqui no Brasil, a janela entre a exibição nos Estados Unidos e no Brasil tem ficado cada vez maior. Contam-se nos dedos as raras exceções. Como exemplo cito HBO e algumas séries da Fox (Walking Dead e American Horror Story). O resto, com semanas e mesmo meses de diferença, torna-se um prato cheio para a oportunidade de downloads ilegais. As razões alegadas para a demora são muitas mas o certo é que algumas vezes ainda parece que nossa TV por assinatura ( com exceções, que fique bem claro) ainda enxerga os hábito do consumidor da mesma maneira que há 10 anos atrás. Felizmente, outras alternativas oficiais começam a aparecer : Netflix e Apple TV são algumas. O próximo passo para estes é também melhorar a disponibilidade das séries e assim conquistar novos consumidores. Especialmente os formadores de opinião.
Mas vamos aos destaques, os melhores momentos. Veja abaixo se você concorda:
Melhor episódio do ano: The Rains of Castamere da 3ª temporada de Game of Thrones (também conhecido como Red Wedding). Para mim, Game of Thrones foi a melhor série do ano e muito se deve a este fantástico episódio com ação,traição, roteiro afiado, grandes atuações e mortes inesperadas deixando a porta aberta para o totalmente incerto ( foto que abre esse texto). Brilhante e chocante!
Melhor homenagem ao cinema: The Lives of Others da quinta temporada de Castle. Uma ótima homenagem a Janela Indiscreta, de Hitchcock. Castle está em casa com a perna quebrada por um acidente de esqui e começa a espionar seus vizinhos da frente. Ele tem certeza que testemunhou um assassinato, mas ninguém acredita nele. O charme e o talento de Nathan Fillion são sempre uma razão a mais para assistir a série. E ele está especialmente incrível aqui.
Melhor atriz sempre (não só este ano): Maggie Smith em Downton Abbey como Violet Crawley. Que personagem incrível! E que oportunidade para uma atriz de 78 anos para brilhar com todo o seu talento. Maggie Smith tem os diálogos mais afiados da série e cenas maravilhosas. Como esquecer aquela onde após uma briga com Matthew, o noivo de Mary diz que vai embora e que provavelmente eles não se verão novamente. Ela responde: “isso é uma promessa?” Impagável!
Melhor ator sempre (não só este ano): Mandy Patinkin como Saul em Homeland. O personagem era apenas um coadjuvante mas, com o talento de Patinkin, cresceu de maneira prodigiosa. Como não se emocionar com o seu sofrimento ao acreditar que Carrie foi morta no atentado? E como não se emocionar de novo quando ele vê que ela está viva. Sem chance!
Melhor atuação surpreendente: Josh Charles como Will na 6ª temporada de The Good Wife. Ele parecia ser somente o coadjuvante que tinha uma boa química com Julianna Margulies. Mas na sexta temporada extraordinária de The Good Wife (no Brasil ainda está sendo mostrada a quinta), Josh Charles tem situações dramáticas onde demonstra sua paixão/amor/ciúme por Alicia (Julianna).E podemos testemunhar claramente um talento insuspeitado. Torcendo pelo Emmy, Globo de Ouro, SAG´s., tudo para ele.
Pior momento de uma atriz normalmente boa: Toni Colette como a Dra. Ellen Sanders em Hostages. Ela é uma ótima atriz, vencedora de prêmios. Mas o que houve com Toni Collette em Hostages? Tudo bem que a série não é lá essas coisas. Mas aqueles olhares de baixo pra cima indicando ódio/medo/atração por Dylan McDermott são muito difíceis de decifrar, além de totalmente repetitivos. E cansam…
Melhor série que começou ruim e ficou boa: Beauty and the Beast. Já escrevi sobre ela aqui. O começo foi muito ruim. Mas depois que Kat e Vincent se juntam para combater o mal, tudo ficou melhor. Apesar de que o galã, Jay Ryan ainda não me convenceu!
Melhor participação especial: Gillian Anderson como a Dra. Du Maurier em Hannibal. Como a psiquiatra de Hannibal Lecter, Gillian abafa. Linda, elegante, você acredita que ela é a parceira ideal para ele. Mas, afinal, ela sabe ou não todos os segredos? A dualidade perfeita de Gillian deixa você em dúvida todo o tempo.
Melhor momento Até que Enfim!: Bill (Stephen Moyer) volta a ser o mocinho em True Blood. Nas duas primeiras temporadas, ele era o mocinho perfeito, completamente apaixonado por Sookie. Depois cismaram de mudar o personagem para falso, mau e até como uma divindade. Por isso, no último episódio da sexta temporada, ficou um gostinho da promessa que Bill vai ser o mocinho na próxima, que começará em junho de 2014. Os fãs agradecem.
Melhor momento já vai tarde: A morte do Governador (Paul Morissey) na 4ª temporada de The Walking Dead. Depois de ser um vilão interessante durante a terceira temporada, o Governador teve dois episódios chatíssimos centrados somente nele. E no último do ano, finalmente, ele foi morto depois de mostrar que era definitivamente mau ao matar o velhinho Herschel. Já vai tarde.
Momento Kleenex – The Quarterback na quinta temporada de Glee. Mais um destes motivos inexplicáveis. A série está reprisando os episódios da quarta temporada enquanto os da quinta continuam inéditos aqui (acabou de ser anunciado que finalmente a quinta temporada estreia dia 4 de janeiro). E alguém acha que os fãs não iriam fazer o download da homenagem a Cory Monteith? Um dos mais belos e tristes episódios da história dos seriados de TV, mostra todos do elenco lidando com a morte do personagem Finn Hudson. É simplesmente impossível não chorar todo o tempo, especialmente com a participação de Lea Michele.
Momento Kleenex 2 – A despedida de Ziva na 11ª temporada de NCIS . O episódio Past, Present and Future é sobre a busca de Tony (Michael Weatherly) por Ziva (Cote de Pablo, que resolveu não renovar contrato)em Israel. E finalmente os dois se declaram após ela revelar que não voltará. Depois de oito temporadas esperando pelo momento de ver os dois juntos, fica um gosto amargo na boca dos fãs.
Melhor Momento Pode vir quente… – Fitz e Olivia na 2ª temporada de Scandal. A química entre Fitz (Tony Goldwyn) e Olivia (Kerry Washington) é enorme. E mesmo quando estão com raiva um do outro, é eletricidade pura . Um destaque foi o episódio Whiskey Tango Foxtrot, onde após serem os padrinhos do filho de Cyrus, os dois fogem e transam num quartinho sem dizer uma palavra . Muito quente.
Melhor cena – Daenerys (Emilia Clarke) reúne seu exército na 3ª temporada de Game of Thrones . Puro cinema! A cena onde Daenerys finalmente consegue reunir um exército para recuperar o trono é de uma beleza espetacular. O episódio é Second Sons e foi o imediatamente anterior a The rains of Castamere.
Melhor momento Ooooohhhh! – A declaração de Finn (Cory Monteith) a Rachel (Lea Michele) na quarta temporada de Glee. Naquele momento, os dois estavam separados, mas durante a festa do quase casamento do professor Shue no episódio Valentine´s day, Finn se declara a Rachel. Enquanto faz um jogo de bem me quer, mal me quer, ele diz a razão porque um dia ficarão juntos afinal eles são “endgame” (fim de jogo). Se naquele momento, a cena já era bonita, os acontecimentos posteriores só fizeram com que ela ficasse ainda mais emocionante!
Estes são os meus escolhidos. Você tem uma opinião diferente?
Eliane Munhoz
Eduardo Pepe
18 de dezembro de 2013 às 5:52 am
As séries realmente estão muito boas!