Desde bem pequena me lembro de assistir séries, ainda na época que as TV’s eram preto e branco (sim, faz tempo). Adorava Flipper, Viagem ao Fundo do Mar, Terra de Gigantes e, é claro, Perdidos no Espaço. Não perdia as aventuras da família Robinson em sua viagem por vários planetas, encontrando figuras estranhas e sempre tendo que administrar o incrível Dr. Smith – Nada tema, com Smith não há problema!. E, é claro, que sempre havia um problema. E, é claro, todos que cresceram naquela época queriam ter um Robô em casa. Ele era perfeito!
Esta semana foi lançado nos Estados Unidos o Blu-Ray comemorativo dos 50 anos da primeira exibição de Perdidos no Espaço. Exatamente no mesmo dia em que a série estreou, 15 de setembro. E o próprio Billy (hoje Bill) Mumy, o Will Robinson, posou com um exemplar em sua página no Facebook, sentado na cadeira original do criador de Perdidos no Espaço, o gênio Irwin Allen. Veja abaixo:
Os DVDs das três temporadas já foram lançados no Brasil há alguns anos atrás ( e trouxe a inigualável dublagem original). É difícil hoje em dia julgar a série. Primeiro por causa do envolvimento emocional de quem a assistiu tantas vezes ainda pequena. Também porque em tempo de CGI e efeitos super especiais das séries de TV, tudo é muito rudimentar. Mas, na época… que delícia! E que nostalgia traz assisti-la novamente. Ah, e veja só,voc~e sabia que o tema musical clássico da introdução foi composto por ninguém menos do que John Williams, que depois viria a ser responsável por algumas das trilhas mais conhecidas do cinema e ganharia ainda um monte de Oscars?
Para quem não conhece (como assim? Rs), Perdidos no Espaço começa no ano de 1997, quando a Terra sofre com sua superpopulação. O Professor John Robinson, sua esposa Maureen, seus filhos (Judy, Penny e Will) e o Major Don West são selecionados para viajar pelo espaço na Júpiter 2 até um planeta do sistema Alpha Centauro a fim de estabelecer uma colônia da Terra para que outras pessoas possam viver lá. No entanto, o doutor Zachary Smith, um agente de um governo inimigo, é enviado para sabotar a missão. Ele é bem sucedido em reprogramar o robô B9 para destruir os equipamentos da nave oito horas após a decolagem, só que acaba ficando preso dentro da espaçonave. Sempre atrapalhado, e sem saber do perigo que criou para todos, o doutor Smith decide acordar a família Robinson que estava em tubos de hibernação. Só que mesmo assim o sistema de navegação, rádio e aparelhos importantes são destruídos. Com vários problemas e já muito distantes da rota programada, todos a bordo tornam-se perdidos no espaço e passam a buscar sempre um caminho de volta para casa.
A primeira temporada da série foi exibida em preto e branco, enquanto as duas seguintes foram coloridas. Jonathan Harris- Dr. Smith – foi o primeiro ator a receber o título de Ator Especialmente Convidado (Special guest star) na história da televisão. Na época , o episódio piloto – No Place to Hide -, que ainda não contava nem com o Dr. Smith nem com o Robô, foi o mais caro já produzido até aquele momento. Este episódio nunca foi exibido na TV no Brasil mas está disponível no DVD.
Em 1997 — ano que seria o lançamento da Júpiter 2 — foi feito um filme para o cinema baseado na história, com William Hurt, Mimi Rogers, Matt LeBlanc, de Friends, como Don West, e Gary Oldman como o Dr. Smith. Ele teve também a participação especial alguns dos membros do elenco original como June Lockhart, como a diretora da escola, e de Angela Cartwright e Marta Kristen, como repórteres. Numa cena especialmente interessante, Mark Goddard, o intérprete do piloto Don West na TV, aparece no longa do cinema como o general que apresenta Don ao Professor John Robinson. Infelizmente, o filme não era muito bom e fez menos de 70 milhões nas bilheterias americanas. Pouco para um custo de produção de 80 milhões.
Na última Comic-Con, os atores ainda vivos da série compareceram para um painel especial. Estavam lá Bill Mummy, Angela Cartwright (Penny), Mark Goddard e Marta Kristen (Judy). Eles revelaram inclusive na ocasião que Bill e Angela estão trabalhando em um livro com fotos do set para ser lançado em breve. Ou seja, mais momentos de nostalgia vindo por aí. Pronto para relembrar a “velha lata de sardinha”?