Como a maioria dos fãs da série Lúcifer, me programei nessa sexta para fazer uma super maratona com os 8 episódios da primeira parte da quinta temporada que estreou na Netflix. Foi mais de um ano de espera. Já aviso que, com pontos positivos, mas vários negativos, a temporada termina com uma chegada triunfal, mas já começa a dar sinais de um certo cansaço. Entretanto, mesmo assim, estou bem entusiasmada para a segunda parte da quinta, além da sexta temporada , que mais uma vez fez Lúcifer renascer das cinzas.
Agora, dois meses se passaram desde que Lúcifer voltou para o inferno. Só que no tempo do inferno, foram mais de mil anos. Mas tanto Lúcifer como a detetive Decker não conseguem esquecer o outro. Por uma coincidência, os dois investigam um caso de assassinato só que cada um em seu plano. E, como se viu no trailer, já no primeiro episódio, a série vai introduzir o grande vilão da temporada, Miguel, o irmão gêmeo de Lúcifer, que se faz passar por ele. E, claro, quer destruir a vida e os relacionamentos que o irmão construiu na Terra.
Miguel é um personagem muito interessante, e dá a oportunidade para Tom Ellis brilhar demonstrando claramente as diferenças entre os dois irmãos. Entretanto, a série perde muito tempo construindo arcos para personagens coadjuvantes, que no final não chegam a lugar algum. É o caso do drama do passado de Linda, as raivas cansativas e constantes de Maze, ou os conflitos de Amenadiel. A sensação que fica é que os roteiristas queriam dar a chance para todo mundo ter “o seu momento” antes da série terminar. Com um total de 16 episódios divididos em duas partes, algumas situações parecem do tipo para “encher linguiça”. Até mesmo o interessante episódio em preto e branco acaba sendo frustrante porque tira totalmente o foco da história principal.
Isso mostra especialmente a diferença entre a quarta e a quinta temporada. Na quarta, a história bem escrita dava oportunidade para todos, mas cada um tinha um papel dentro de uma história. Agora não, há várias histórias que não tem a ver com a linha principal. E, com isso, tiram tempo do que todos querem realmente ver, a dinâmica entre Lúcifer e Chloe. Há ótimas cenas entre os dois, mas poderia haver muito mais. E, mesmo assim, até a retomada de Lúcifer nas investigações policiais é feita de maneira meio abrupta.
Sinceramente espero que o restante da temporada, que a gente ainda não sabe quando vai estrear na Netflix, consiga resolver esses problemas. O estilo continua lá, as tiradas de Lúcifer também, mas faltou um pouco de linearidade e quer saber? Até de um pouquinho da “pimenta” e irreverência que estávamos acostumados.