Há um monte de produções espanholas na Netflix. Algumas séries, como La Casa de Papel, ou filmes como a Trilogia de Baztan, fizeram um enorme sucesso. Mas há várias outras que são pouco conhecidas. Uma delas é O Sabor das Margaridas, que tem seis episódios de pouco mais de uma hora. Com a temática policial, ele parte de um princípio que gosto. Uma pessoa de fora chega em uma cidade pequena para investigar um crime.
A tenente da Guarda Civil Rosa Vargas (vivida por Maria Mera) chega à uma pequena cidade na região da Galícia, na Espanha, para investigar o desaparecimento de uma jovem chamada Marta Labrada (Noelia Castaño). Só que com isso, ela muda completamente o dia a dia da delegacia local. Sem querer ser nem um pouco simpática, Rosa se dedica totalmente ao caso, o que incomoda alguns. O policial Mauro Seoane (Toni Salgado) é o primeiro que se sente contrariado com a personalidade bem particular da moça. Mas logo, Rosa que vai descobrir que outros homens também estão incomodados com sua presença – e perguntas- , o que dá a a sensação de que todos eles têm algo a esconder.
A crítica
A série tem um monte de personagens, e provavelmente vai deixar você confuso no início. A sensação é de uma estrutura de novela contida dentro de um filme policial. Mas, de qualquer maneira, o princípio do roteiro é interessante. Já no primeiro episódio, se apresenta a possibilidade de um serial killer. Só que a história tem várias reviravoltas, e você vai perceber quem está por trás de tudo somente no final. Isso é a parte boa!
Alguns personagens têm reações extremamente absurdas – e tontas. A esposa de Mauro é totalmente irritante. As investigações parecem brincadeira de criança. Mas o pior de tudo são as cenas de ação. São tão primárias, que se tornam risíveis. A atriz Maria Mera então…cada vez que pega numa arma parece uma paródia de As Panteras, rs.
De qualquer maneira, a resolução é eficiente. E é interessante ver o sotaque da Galícia, com um espanhol extremamente próximo do português. O Sabor das Margaridas termina a história que começou em uma temporada. Só que fica um possível fio solto que poderia voltar para uma segunda. O site IMDb listou a produção de uma segunda temporada. Resta esperar pra ver… ou não, rsrs!
Kalga
15 de janeiro de 2021 às 11:33 pm
‘ E é interessante ver o sotaque da Galícia, com um espanhol extremamente próximo do português.’ A língua galega não é um “espanhol próximo do português” mas uma língua irmá do português com a que partilha boa parte da gramática e do léxico, que infelizmente hoje se fala com una pronúncia bastante próxima ao espanhol que se fala em Castilha ou Madrid. Esta série decepcionou-me: diálogos e cenas pouco realistas (por exemplo, quem vai deixar uma cachorra perdida no quarto de uma hospedagem como faz a “garda civil” Rosa Vargas no segundo episódio en vez de retorná-la aos donos ou levá-la com ela ao quartel? A proprietária da hospedagem vai consentir isso? Ou quando o “garda civil” Antônio agrede ao professor, quem não tinha cometido nenhum delito, o professor fica calado e não relata a agressão?
Jota
3 de abril de 2021 às 1:39 pm
Em português, diz-se Galiza e não Galícia.
E tem língua própria: o galego, muito próximo do português (e não castelhano com sotaque português!!!)
Paulo Barbosa
3 de abril de 2021 às 3:49 pm
[email protected]
A língua Galega é próxima do Português porque era um tronco único: a língua galaico-portucalense ou galaico-duriense.Infelizmente Franco tudo fez para acabar com o galego e esteve perto de conseguir.Actualmente, assiste-se a um renascer do Galego com ensino facultativo que espero seja consistente e dê frutos.O Português só existe em textos oficiais a partir do reinado de D,Dinis no sec.XIV e somos independendentes desde 1143.
Marc
6 de abril de 2021 às 8:04 pm
Nao é um “espanhol extremamente próximo do português”. É galego, uma lingua irmã do português.
Felikes
16 de setembro de 2022 às 11:42 pm
A Galícia está fazendo ótimos seriados! Estou adorando!
Eliane Munhoz
18 de setembro de 2022 às 1:39 am
Verdade, eu também!