Os super-heróis anda cada vez mais em alta em filmes e séries. Têm as super-produções da Marvel, e também as da DC, para o cinema. Entre a séries, os canais da Fox tentam um caminho mais alternativo com The Gifted, e a loucura geral de Legion. A Warner tem um grande sucesso com as séries acessíveis da DC, como Arrow e The Flash. E a Netflix, que está se despedindo de suas co-produções com a Marvel, incluindo todos os Defensores, busca alternativas. Adquiriu Titans para o mercado internacional (nos Estados Unidos, a série é do canal de streaming próprio da DC), e agora produziu The Umbrella Academy, que chegou hoje ao serviço com os 10 episódios da 1ª temporada.
A história
Antes de falecer, o milionário Sir Reginald Hargreeves adotou sete crianças, que nasceram misteriosamente de mães que não estavam grávidas. Seu objetivo era treiná-las para combater o mal. Só que depois que ele morre também misteriosamente, esses jovens habilidosos, mas completamente desbalanceados, têm que unir suas forças para seguir o caminho criado para eles. Isso porque vão acabar se envolvendo algo muito mais perigoso do que eles imaginavam ser possível. Ou seja, vão ter que salvar o mundo!
Os irmãos
Luther Hargreeves / Spaceboy / Numero 1 (Tom Hopper, de Game of Thrones). Um astronauta com super-força.
Diego Hargreeves / The Kraken / Número 2 (David Castañeda, de Sicário – Dia do Soldado). Um encrenqueiro com habilidades de retenção de respiração aprimoradas e técnicas de arremesso de faca
Allison Hargreeves / The Rumor / Número 3 (Emmy Raver-Lampman). Uma celebridade com a capacidade de manipular a realidade através de mentiras.
Klaus Hargreeves / The Séance / Number 4 (Robert Sheehan, de Máquinas Mortais). Um viciado em drogas com telecinese e que tem a capacidade de se comunicar com os mortos.
The Boy / Número 5 (Aidan Gallagher, da série da Nick, Nicky, Ricky, Dicky e Dawn). Um viajante do tempo que retornou de um futuro apocalíptico e mantém sua aparência adolescente. Tem o dom de atravessar portais.
Ben Hargreeves / The Horror / Número 6 (Ethan Hwang ). Uma criança com a capacidade de manifestar monstros de outra dimensão através de seu corpo. Sua morte prematura contribuiu para a separação da equipe.
Vanya Hargreeves / The White Violin / Número 7 (Ellen Page, de X-Men). Uma violinista e a única membro da família Hargreeves sem superpoderes
A Crítica
Nunca li os quadrinhos de autoria de Gerard Way e do brasileiro Gabriel Ba (os dois também são produtores da série). Portanto, não sabia bem o que esperar da série. Se era algo estilizado, mas com um pé no popular, como Titans. Ou ainda se seguiria uma linha completamente doida, como Legion (que eu gosto). Na verdade, Umbrella tenta ser os dois, e não consegue ser coisa alguma.
Há alguns momentos brilhantes, especialmente com o uso de uma incrível trilha sonora, e uma direção diferenciada. O problema é que na verdade há momentos em que nada acontece. Algo que poderia ter sido contado em cinco episódios, mas que foi esticado para dez. Com isso, é preenchido com sexo (pouco), drogas (muita) e rock and roll (e outros tantos gêneros de música). Além, é claro, de intermináveis DR (discussão de relação) sobre todos os problemas que sua infância diferente ocasionou em todos os irmãos enquanto adultos. Isso faz com que determinados episódios sejam extremamente cansativos e intermináveis. Não se parece nem um pouco com o ritmo do trailer, tá?
O elenco
O princípio da história é interessante, algo como um X-Men beeeemmm alternativo. A série ainda tem as participações de Mary J. Blige e Cameron Britton (que esteve incrível em Mindhunter), como um casal de assassinos que se inspira/copia em Pulp Fiction, e a sempre ótima Kate Walsh, como The Handler . Kate parece estar se divertindo muito com o ridículo da coisa.
Entre os irmãos, gostei da novata Emmy Raver-Lampman (Número 3). Ela consegue fazer com que o público até torça pelo incesto (sim, tem isso também) com o irmão (adotivo), Número 1. Ellen Page continua fazendo Ellen Page (como sempre). Mas o melhor do elenco acaba sendo o garoto Aidan Gallagher (Número 5).
No final…
É claro que você acaba vendo até o final, para saber como a história acaba. Algumas vezes, você até sorri, até fica interessado. Mas, com tanta chatice no meio, acaba sendo uma tarefa difícil.
Fotos de divulgação. Foto de Kate Walsh – Instagram