The Blacklist é uma das novas séries da chamada fall season da TV americana. É nesse momento que as redes de televisão apresentam os produtos nos quais mais acreditam. E a NBC aparentemente acredita muito em The Blacklist, que estreou semana passada nos Estados Unidos. A série teve boas críticas e ficou em primeiro lugar na audiência do horário, bem a frente da outra estreia, Hostages. Hoje, ela estreia no Brasil, às 22 horas, no canal Sony.
A série conta a história de um ex-agente do governo, Raymond “Red” Reddington (James Spader), que se tornou um criminoso procurado, que já na primeira cena entra no prédio do FBI para se entregar. Algumas críticas disseram que era uma das cenas mais fortes entre as novas produções. Outros ressaltaram a similaridade com a cena de Kevin Spacey em Seven – Os 7 Pecados Capitais.
O motivo pelo qual Red Reddington se entregou é um mistério. Mais estranho é que ele diz que só falará com uma agente recém-formada, Liz Keen (Megan Boone, de Law and Order: Los Angeles), que não tem a menor ideia sobre o porquê de sua escolha. Logo ele começará a dar pistas sobre outro vilão da lista dos mais procurados. Afinal, como Red diz, sem maiores explicações: “Agora temos objetivos em comum”.
É bem clara a relação entre The Blacklist e O Silêncio dos Inocentes com Red como Hannibal Lecter e Liz como Clarice Starling. Outra semelhança seria com a série The Following e o lado sedutor do personagem Joe Carrol . Mas é claro que o charme de James Purefoy é inatingível, ainda mais por James Spader.
Spader é um ator muito bem avaliado pela crítica. Com Boston Legal ganhou três vezes o Emmy de melhor ator de drama (inacreditável!). Foi escolhido para ser o substituto de Steve Carell em The Office (com resultados menos positivos). E será ainda o grande vilão de Os Vingadores – A Era de Ultron. Em minha opinião, ele continua a ser o mesmo ator super valorizado da época em que ganhou o prêmio em Cannes com Sexo mentiras e Videotape. Mas The Blacklist tem uma premissa interessante. Acho que, mesmo com James Spader, vale dar uma chance.
Eliane Munhoz