A Amazon Prime Vídeo tem séries de antologia completamente diferentes da maioria e extremamente interessantes. É o caso de Modern Love, e The Romanoff’s. Todas elas têm histórias independentes , mas que descobrimos que no final são interligadas. É o mesmo caso de Solos (Sozinhos), que estreou hoje no serviço, com sete episódios. Foi o elenco absolutamente incrível que me chamou a atenção num primeiro momento. Mas, as histórias também valem a pena.
Os episódios
Cada um dos episódios mostra um ator sozinho passando por uma situação de ficção-científica. Somente os dois últimos tem dois atores em cena. Com isso, são grandes momentos de atuação de cada um dos envolvidos. Algumas das histórias são mais interessantes, outras mais cansativas. Eu gostei muito do primeiro, Leah, com Anne Hathaway. Leah é uma brilhante física, obcecada com uma viagem através do tempo. É divertido, tem várias referências à cultura pop, e Anne em ótima forma.
No segundo, Tom (Anthony Mackie) descobre que seu tempo de vida é limitado. Então, faz uma aquisição bem controversa. Logo depois vem Peg, que tem uma ligação direta com o anterior. Helen Mirren conta a história de sua vida para um computador durante uma viagem espacial. O quarto episódio é Sasha, com Uzo Aduba. Vinte anos se passaram desde que as pessoas se trancaram em casa. E Sasha acha que está sendo manipulada para sair de lá. O seguinte é Jenny, estrelado por Constance Wu. Jenny está numa sala de espera, e tenta recordar algumas memórias que a trouxeram para aquele lugar. Para mim, é o mais pesado, e o mais difícil de assistir. O final da história é realmente emocionante.
No sexto, Nera (Nicole Beharie) é uma mulher que fez um tratamento de fertilidade, que descobre que há algo errado com seu filho. É o que tem maior suspense, mas também o que está menos interligado com as demais histórias. E por fim, o último episódio é Stuart. Um homem jovem (Dan Stevens, mais lindo que nunca) traz de volta as memória de Stuart (Morgan Freeman). Mas logo descobrimos os reais motivos e identidades por trás de tudo. Aqui descobrimos a razão pela qual Morgan Freeman é uma espécie de narrador de todos os episódios. Tudo está conectado em Solos.
E, no final…
No final, Solos é uma série interessante, fácil de ver (os episódios têm cerca de 30 minutos). Mas é também um daqueles casos de “ame ou odeie”. Muitos vão se emocionar, e achar o máximo como tudo está interligado. Outros vão achar sonolenta e pretensiosa. Depende do seu momento de vida. Mas de qualquer maneira vale ver pelos atores!