Já faz tempo que a gente ouve falar da série sobre Santos Dumont. E finalmente agora ela está chegando na HBO. A estreia é neste domingo, dia 10, às 21 horas. Serão seis episódios contando a história do pai da aviação, desde sua infância até suas maiores invenções, inclusive o famoso 14 Bis. Para quem só o conhece das aulas de história, é uma opção interessante.
A produção propõe uma reconstrução minuciosa do ambiente do fim do século XIX e início do século XX. Acompanha a trajetória do aviador, desde a infância nos cafezais de sua família no interior de Minas Gerais até os sofisticados salões e aeroclubes de Paris. A minissérie é ambientada no Brasil e na França. Têm diálogos em português, inglês, espanhol e francês.
Eu confesso que fiquei surpresa com a a qualidade da produção. Fotografia, reconstituição de época, tudo é primoroso, pelo menos levando em conta o primeiro episódio que assisti. Falo um francês muito básico, mas pude perceber que houve uma preocupação até com o sotaque dos atores.
O elenco
Falando nisso, João Pedro Zappa faz o papel principal, interpretando o inventor na fase adulta. Na infância ele é vivido pelo ator Guilherme Garcia e, mais velho, por Gilberto Gawronski. O elenco traz ainda Bruna Scavuzzi, Jean Pierre Noher, Lisa Eiras, José Araújo e Miguel Pinheiro, entre outros atores brasileiros e franceses. Juliana Carneiro da Cunha faz participação especial como a Princesa Isabel, enquanto Fernando Acquarone, que divide a direção com Estêvão Ciavatta, dá vida ao joalheiro francês Louis Cartier, que inventou um relógio especial a pedido de seu amigo aviador.
Mas quem inventou o avião?
A minissérie estreará simultaneamente em 70 países, o que é extremamente positivo para divulgar o trabalho de Santos Dumont. Afinal, há uma dúvida sobre quem teria realmente inventado o avião, os americanos irmãos Wright ou Santos Dumont. Afinal, os irmãos conseguiram voar três anos antes, mas num local sem uma audiência e ainda usando uma catapulta. Independente de quem realmente seja o inventor, a importância de Santos Dumont é inegável. E será bom que mais de 70 países poderão testemunhar isso agora.