Não sou daquelas pessoas que curte maratonas para ver a série toda de uma vez só, como as mais de 300 mil no mundo inteiro que assistiram toda a segunda temporada de Stranger Things no dia da estreia. Gosto de saborear a série aos poucos, ficar pensando o que aconteceu no último episódio. No máximo vejo três episódios por vez. E só no último feriado terminei de assistir a segunda temporada. O que achei? Que ela tem momentos brilhantes, mas também tem outros bem chatinhos.
Um ano se passou desde a final da última temporada também na série. Eleven (Millie Bobby Brown) está sumida e Will (Noah Schnapp) claramente infectado por algo a ver com o Demogorgon. Novamente é época de Halloween, e logicamente coisas estranhas ainda estão acontecendo dentro e fora do laboratório, que agora está passando por uma investigação liderada pelo Dr. Owens (Paul Reiser). Além disso, Joyce (Winona Ryder) tem um namorado novo, Bob (Sean Astin), para a tristeza do Xerife Hopper (David Harbour). Também tem gente nova chegando no pedaço – Max, uma garota campeã de videogame, e seu violento meio-irmão, Billy (Dacre Montgomery, de Power Rangers). Tudo ao som de uma trilha sonora perfeita.
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É claro que mantendo a tradição, a segunda temporada não é tão legal e divertida quanto a primeira, mesmo mantendo as referências aos filmes do anos 80, nesse caso, Aliens e E.T. são os mais marcantes. É mais dark, e ainda separa durante praticamente todo o tempo Eleven dos meninos. Entretanto, o pior, na minha opinião, é que pouco acontece durante a maior parte dos episódios. Um deles que é especialmente chato é o número 7, totalmente centrado em Eleven e sua busca por alguém em Chicago. Fica meio óbvio que é a tentativa de gerar um novo núcleo, que poderia/poderá virar um spinoff. mas para mim pareceu um trecho daquele filme chatíssimo, Chappie.
Em compensação, os dois últimos episódios valem toda a temporada. Tem ação, diversão, um roteiro afiado , com soluções satisfatórias, além de uma ponte para a já aprovada terceira temporada. E é claro, no final ainda tem aquele delicioso baile de formatura.
Entre os outros destaques, está a participação fofa de Sean Astin como Bob, um personagem querido e heroico. Adorei a chatíssima irmã de Lucas (Caleb McLaughlin), Erica, vivida pela ótima Priah Fergunson. Também o crescimento de Steve na trama, que inicialmente era para ser um vilãozinho, tornou-se um importante e charmoso membro do grupo. Adorei o que fizeram com ele, e o garoto Joe Keery aproveitou cada minuto da super-chance que ganhou. Aliás, o inverso aconteceu com Charlie Heaton (Jonathan Byers), que, apesar da importância do personagem, praticamente sumiu na história.
Mas para mim, o grande destaque dessa temporada foi Noah Schnapp. Vimos pouco de Will na primeira temporada, já que ele ficou boa parte sumido. Mas agora foi diferente. O talento do menino é incrível, e suas cenas são brilhantes. Espero que lembrem dele na época da Temporada de Premiações.
Novamente o final já chama para a terceira temporada, que deve chegar no final de 2018, ou talvez no início de 2019. Como vão fazer com o fato que as crianças estarão bem crescidas é um mistério. E eu estou bem curiosa para ver.