Já faz algum tempo que os dramas históricos com cenas picantes vêm atraindo a atenção do público. Lembro-me especialmente dos primeiros sucessos dessa nova leva, como Roma e Spartacus. Depois de Game of Thrones e seus “filhos” como Vikings e O Último Reino, só para citar dois, era natural que a Netflix resolvesse entrar nesse nicho. Foi então que no ano passado resolveu começar a contar as histórias do grande explorador Marco Polo em uma série de 10 episódios. As críticas foram divididas entre os que elogiaram e os que desprezaram. Fico no meio termo. Acho que a série tem bons momentos, uma produção razoável, alguns bons atores. Mas também se parece com um monte de coisas que já vimos, me lembra especialmente o filme O Médico, com Ben Kingsley, de 2013. De qualquer maneira, a Netflix resolveu dar continuidade à sua série histórica, e a segunda temporada com 10 episódios chega ao serviço amanhã dia 1° de julho.
Durante a primeira temporada, foi mostrado como o explorador de origem veneziana Marco Polo chegou à China no século 13 e acabou se tornando uma espécie de prisioneiro do líder local, Kublai Khan. Só que Marco aprende rapidamente a se virar na corte, e Kublai Khan passa a vê-lo como um bom aliado para seu plano de se tornar imperador do mundo. Na segunda temporada, a lealdade de Marco será testada a partir do momento em que a guerra civil anunciada no final da temporada anterior passa a se tornar cada vez mais violenta e sangrenta.
Entre os atores do elenco, Lorenzo Richelmy é bonitinho, mas sem sal, o que faz com que você não consiga tirar os olhos da poderosa atuação de Benedict Wong (pena que ele não é o ponto central da série!). Os dois retornam, assim como a sempre ótima Michelle Yeoh (the Handmaiden), Joan Chen (Imperatriz Chabi), Zhu Zhu (Kokachin), Tom Wu (Hundred Eyes), Olivia Cheng (Mei Lin), Claudia Kim (Khutulun), Rick Yune (Kaidu), Remy Hii (Prince Jingim), Mahesh Jadu (Ahmad) e Uli Latukefu (Byamba), entre outros. Já Gabriel Byrne começa a participar como o Papa Gregorio X.
Na época do seu lançamento, a série foi chamada de “Game of Thrones da Netflix”, devido ao tamanho – e custo – da produção. Mas é claro que Marco Polo está bem longe em termos de qualidade, roteiro e principalmente sem a veia desafiadora. Talvez ela tenha sido um razoável sucesso com os assinantes, curiosos por uma grande produção. Mas eu sinceramente espero que a segunda temporada pareça mais atual, menos antiga, algo que surpreenda e nos faça querer desesperadamente ver o próximo episódio. Afinal, o produtor executivo Patrick McManus diz que “o público vai se surpreender com o rumo que a série tomou”. Fiquei curiosa!