Há diversos filmes, lançados em tempos recentes, que contam a história de lançamentos de produtos que conhecemos muito bem. A maioria deles mostra que tudo começa de maneira bem improvável. Dois que gosto muito são Air: A História por Trás do Logo (Prime Video) e Flamin´ Hot – O Sabor que Mudou a História (Star Plus). Mas, nenhum deles, foi tão absurdo como A Batalha do Biscoito Pop-Tart, que chegou na semana passada na Netflix. Algumas coisas no filme funcionam, outras nem tanto. Já aviso que é uma comédia absurda, com momentos surreais – você foi avisado…
A história se passa em 1963. A Kellogg’s e a Post, rivais do setor de cereais, correm contra o tempo para criar um doce que vai mudar o café da manhã americano para sempre. O filme se concentra nos esforços do executivo da Kellogg’s, Bob Cabana (Jerry Seinfeld, também diretor e co-roteirista) para ganhar essa batalha. Ele inclusive chama a especialista Dana Stankowski (Melissa McCarthy) para elaborar um plano vencedor. Do outro lado, Marjorie Post (Rebel Wilson) tem seus próprios meios para ganhar essa batalha.
O que achei?
Jerry Seinfeld é um obcecado por pop-tarts (para quem não sabe é um biscoito com geleia dentro, muito popular nos EUA). O assunto faz parte de seus shows de stand-up faz muito tempo. Então, ele resolveu que esse seria o primeiro filme que estrelaria e dirigiria. O interessante é que como ele é um cara super respeitado em Hollywood, conseguiu a participação especial de um monte de gente importante de Hollywood. Isso inclui Peter Dinklage, James Marsden, Dan Levy, Maria Bakalova, e até Jon Hamm e John Slattery. Esse dois retomam seus personagens de Mad Men nos melhores momentos do filme.
Confesso que não gosto muito do humor de Jerry Seinfeld, nem mesmo em sua série super premiada. Entretanto o filme tem alguns momentos divertidos . É claro que é uma comédia que exagera no absurdo – e isso nem sempre é bem aceito. Também tem muitas referências internas – específicas para o público americano e também para os fãs de Seinfeld. Há também uma parte mais absurda ainda que inclui Hugh Grant (que está em todas ultimamente) como o intérprete do tigre da Kellogg’s, que é também um ator shakespeareano. Essa parte talvez seja ridícula demais para a maioria, confesso que me incomodou um pouco.
E confesso uma coisa, mesmo com todos os grandes nomes envolvidos no filme, as duas atuações que mais me chamaram a atenção foram as duas crianças que são experts em biscoitos e lixeiras, rs. Se você gosta do gênero de comédia escrachada, talvez goste. Eu até que me diverti em alguns (poucos) momentos.