Confesso que nunca gostei do humor dos filmes de Judd Apatow. Mas também não estava preparada para A Bolha, que estreou na sexta na Netflix. Com certeza, é um frontrunner para o título de pior filme do ano. E ainda estamos em abril. Foi difícil – muito difícil – chegar ao final.
Um grupo de atores e atrizes tenta finalizar a sequência de uma famosa franquia de ação sobre dinossauros voadores. No entanto, a chegada da pandemia faz toda equipe ficar trancada em quarentena dentro de um hotel de luxo. Apesar dos riscos, eles não pretendem deixar que isso atrapalhe a finalização do grande (!) filme. Afinal, a produtora poderá falir se o projeto não for entregue a tempo. O problema é que não há limites para ter certeza que o projeto será concluído.
A minha grande pergunta é como esse elenco maravilhoso aceitou um projeto ridículo e sem graça como esse. Karen Gillan, Pedro Pascal, Keegan Michael- Key, Maria Bakalova, David Duchovny. Isso sem contar as participações especiais de gente como Daisy Ridley, John Lithgow, Benedict Cumberbatch, e até o músico Beck. No final quem se sai melhor é a filha do diretor, Iris Apatow . Ela faz uma influencer que só foi colocada no filme por causa de seu número de seguidores. É a única que consegue escapar do ridículo completo.
O filme não me fez dar uma única risada – parecia piada de Chris Rock, rs. É claro que todas as situações e personagens tem paralelos na vida real. A inspiração da ideia central – um elenco que fica em quarentena – veio da situação do último Jurassic World, por exemplo. Eu gosto de coisas ridículas, mas A Bolha vai a um extremo tão grande que se torna inconcebível de assistir. Um horror!