Eu já tinha passado algumas vezes por The Vast of the Night/ A Vastidão da Noite algumas vezes ao explorar o catálogo da Amazon Prime Vídeo. Mas acabava sempre optando por outro filme. Só que aí ele começou a aparecer em várias listas de melhores do ano. Está inclusive concorrendo a diversos prêmios no Super Critics Choice. Lógico que aí fiquei curiosa, né?
Tudo tem início no que parece um episódio de Twilight Zone/ Além da Imaginação (a série clássica). No período da Guerra Fria, a corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética está acontecendo. O foco já começa em dois jovens, Everett (Jake Horowitz) e Fay (Sierra McCormick). Eles moram em uma cidadezinha americana, e acabam envolvidos em uma estranha situação. Tanto pelo telefone quanto pela estação de rádio local, Everett e Fay descobrem uma frequência de ondas aéreas diferente de tudo que já ouviram. Logo que começam a investigar, percebem que suas vidas e o mundo inteiro podem estar prestes a mudar drasticamente.
A crítica
O filme é um cult, desses que foi feito com um mínimo de dinheiro. E dá a oportunidade ao diretor Andrew Patterson para homenagear todos os filme de ficção científica de baixo orçamento que já foram feitos. Isso com uma câmera inventiva, e atores pouco conhecidos que se saem muito bem. É claro que você já viu essa história antes – várias vezes. Mas a forma como ela é contada, é muito diferenciada.
As referências são inúmeras. Desde A Bolha Assassina até Arquivo X. Isso sem esquecer o já mencionado Além da Imaginação. Para os fãs do gênero é como estar num parque de diversões. Repare por exemplo no plano inicial quando os dois protagonistas percorrem um longo caminho, sem que você veja seus rostos. Pode até parecer cansativo num primeiro momento. Só que torna-se brilhante do ponto de vista cinematográfico. Além dos filmes de ficção, o diretor Andrew Patterson é obviamente um fã de Orson Welles e A Marca da Maldade. Este é seu primeiro filme, e já promete muito para o futuro. Isso porque A Vastidão da Noite não é simplesmente um exercício de estilo, daqueles em que o diretor quer aparecer mais que o filme. Aqui, tudo está a serviço de contar uma história, e envolver o espectador.