Sempre digo aqui que adoro uma boa comédia romântica. Quanto mais situações improváveis – e extremamente românticas – melhor. E a esperada versão do best seller de Casey McQuinston, Vermelho, Branco e Sangue Azul, que estreou na Prime Video esse fim de semana, tem todos os ingredientes das histórias clássicas do gênero. E funciona!
Na história, Alex Claremont-Diaz (Taylor Zakhar-Perez, de A Barraca do Beijo 2) é o filho da presidente dos EUA. Ele é a coisa mais próxima de um príncipe do lado ocidente do Atlântico. Só que os deveres de socialite internacional têm desvantagens. Alex tem que comparecer, por exemplo a um casamento real, onde encontra o irmão do príncipe, com quem teve um desentendimento no passado. E esse reencontro com o príncipe Henry (Nicholas Galitzine , de Cinderela) acaba resultando em um desastre que envolve a destruição do bolo de casamento e ameaça as relações americanas/britânicas. É quando se cria um plano para controle de danos: encenar uma falsa amizade entre o Primeiro Filho e o Príncipe. Só que as coisas saem um pouco diferentes do planejado. E Alex se vê envolvido em um relacionamento secreto com Henry que pode atrapalhar a campanha de sua mãe (Uma Thurman) e derrubar duas nações.
O que achei?
O diretor e co-roteirista Matthew Lopez vem da Broadway, então tem uma noção apurada de timing. E isso funciona em Vermelho, Branco e Sangue Azul. O filme tem pouco menos de duas horas, mas você não sente o tempo passar. Fica primeiro envolvida com as situações vexatórias de Alex e Henry. Depois com os flertes, seguidos do romance e paixão. E finalmente para a resolução do problema de sair do armário na frente de todos. Tecnicamente , o filme ainda tem algumas estratégias interessantes, como colocar as mensagens na tela, ou ainda colocar os dois na mesma cena enquanto estão separados por um oceano. É simpático, e ainda faz com que você fique mais envolvida com esse romance.
Para quem tem problemas com isso, já aviso que há várias cenas de beijo e de intimidade entre Alex e Henry. Então se isso incomoda você, nem assista. Só que tudo é feito com grande delicadeza de descoberta, de romance e de paixão. Há ainda todas as cenas que não podem faltar numa comédia romântica. Tem a cantoria bêbada num karaokê, declarações de amor no meio da chuva, referência à Jane Austen. E ainda pais compreensivos, e outros nem tanto. A melhor cena de Uma Thurman é quando ela recebe a notícia do romance do filho – é muito fofa!
E claro, há o elenco. Rachel Wison, de Love Victor, é uma presença extremamente divertida. Assim como a sempre ótima Sarah Shahi (de Sex/Life),l com a assessora de presidente. A cena em que ela descobre o romance entre os dois jovens é hilária. Há ainda uma pequena participação de Stephen Fry como o rei. Mas quem realmente se destaca é Taylor Zakhar-Perez, que já tinha marcado em A Barraca do Beijo, e aqui está ainda mais sexy e interessante.
E no final…
No final, Vermelho, Branco e Sangue Azul é um daqueles filmes para sorrir, para tirar a cabeça dos problemas desse mundo insano em que vivemos. Aqui os políticos são boa gente, e um grande amor pode reunir as pessoas contra o preconceito e a homofobia. E como a gente sempre vê nas comédias românticas, o amor pode sim conquistar tudo! Seja quem for que você ame!