De vez em quando me pego pensando sobre como certos preconceitos fazem com que a gente deixe de ver conteúdos tão especiais. Um exemplo são as séries – em tese – dedicadas ao público teen. Muita gente acha que é um bobagem, uma perda de tempo. Quantas vezes recebi olhares condescendentes quando dizia que era fã de Glee e Buffy – A caça-vampiros. O que sempre ficou na minha cabeça é o quanto as histórias dessas séries podem ser profundas. E também o quanto elas refletem momentos que todo mundo já passou na vida, seja com uma roupagem musical, ou de terror. Essa situação se repete agora com O verão que mudou minha vida, que está disponível na Prime Video.
Eu já tinha gostado muito da primeira temporada. E a segunda (o último episódio ficou disponível hoje no streaming), apesar de mais triste – e com uma história de amor ainda mais complicada (qual não é?) – tem episódios que ficaram na minha mente. Na história, Susanah acabou morrendo de câncer, Belly e Conrad não estão mais juntos, e a casa de praia vai ser vendida. Ou seja, toda a felicidade do final da primeira temporada foi por água abaixo. E nessa segunda, Belly se vê ainda mais dividida entre os dois irmãos. Mas, em momento algum, e isso é importante, ela tem certeza do amor de Conrad por ela. E isso explica a razão de seu interesse por Jeremiah.
Todo o arco da venda da casa foi um tanto mal resolvido na minha opinião. E também não deu muita chance para Kyra Sedwick como a tia dos meninos. Mas, de resto, e especialmente a forma como a série apresentou as dúvidas de Belly, foi sensacional.
Análise para quem já viu a série – com spoilers
Se você ainda não viu a segunda temporada de O verão que mudou minha vida, sugiro que pare de ler aqui.
As dúvidas de Belly são um pouco como as que todas nós tivemos em algum momento. Como o menino termina com você (ou dá um ghosting), mas diz que se importa? E ainda diz que achava que você teria entendido. Conrad é exatamente isso. É óbvio que Belly ainda o ama. Mas opta por um caminho mais seguro – Jeremiah – para evitar se machucar mais. Como a própria Belly diz “Eu não posso nem mesmo ficar brava com ele, porque é assim que ele é. Isso é o que sempre foi. Ele nunca mentiu sobre isso. Ele dá, e depois retira.”
Mas, é claro, a forma como a série termina essa segunda temporada (a terceira já está aprovada) já dá a entender que a dupla #Jelly não é definitiva. Quem já leu os livros de Jenny Han sabe disso. E como diz Steve, Jeremiah seria muito fácil, Belly precisa de alguém que a desafie. Por isso que sou #teamConrad, rsrs. Aliás, Christopher Briney, o intérprete de Conrad arrasou nesse último episódio – desde as partes de comédia no carro, até o drama de sua saída do quarto de hotel (impossível não se emocionar).
Agora, o jeito é esperar pela terceira temporada de O Verão que mudou minha Vida, para a gente finalmente ver Belly e Conrad, mais adultos, ficarem juntos.
Melhores momentos do episódio final da temporada
– As conversas entre os irmãos
– Steve e Taylor – eles são adoráveis
– Os 3 no carro – E Conrad dizendo “o mundo nunca saberá”. Hilário!
– Conrad arrumando a casa de praia – e o urso!