Tenho achado bem interessante as produções próprias da Star Plus. Dois exemplos são o filme Perdida, que passou nos cinemas e agora está no Star Plus; e a minissérie How to be a Carioca. Esta teve os dois primeiros episódios exibidos no Festival do Rio, e agora está disponível também no Star Plus. Eu assisti os seis episódios, que tem a produção de um apaixonado pelo Rio de Janeiro, o gênio da animação Carlos Saldanha.
A série se baseia no livro best-seller de mesmo nome. How To To Be a Carioca se propõe ser um guia para quem deseja conhecer este cartão postal, com uma das sete novas maravilhas do mundo no pacote. A cada episódio, um estrangeiro irá viver uma aventura na cidade maravilhosa ao tentar se adaptar à cultura local. Para isso, os personagens terão ajuda do “carioca da gema” Francisco (Seu Jorge). E ele fará o seu melhor para explicar os costumes e estilo de vida da população carioca. Os episódios estão divididos pelos nomes dos países dos estrangeiros que chegam: Argentina, Alemanha, Israel, Angola, Síria e Israel, além do episódio final. Este se chama Rio de Janeiro e é centrado na história de Francisco.
O que achei?
A série é gostosa de ver , com episódios curtos, todos, com exceção do final, tem por volta de 30 minutos. Todos tem uma bela fotografia, direção de arte, trilha sonora (boa parte dela com a voz de Seu Jorge). Aliás, Seu Jorge é o que liga tudo. Faz pequenas participações em cada episódio, sendo uma espécie de anjo da guarda dos estrangeiros. E só no último episódio saberemos em quais circunstâncias Francisco estava quando ajudou cada um deles. É um recurso simpático e inteligente do roteiro, ainda mais porque conta com o carisma de Seu Jorge. Ele é sempre ótimo.
Já os episódios têm, claro, os melhores e os piores. Os dois melhores – e sensacionais – são os que se concentram nas histórias dos estrangeiros de Síria e Israel. São envolventes, e um fala de amizade e outra de amor, ambos improváveis. O da Alemanha fala sobre trabalho, enquanto o a Argentina envolve amor materno e religião. O de Angola foge um pouco do clima de fábula, para desenvolver uma história sobre racismo e preconceito. Para mim, é o mais fraco de todos. É claro que tudo vê um Rio de Janeiro romântico e atraente, sem os problemas que a gente conhece dos noticiários. É quase uma fábula. Mas tudo bem, é eficiente.
Os atores estrangeiros são bem interessantes, mas no final quem brilha mais é o garoto Nego Ney, que participa do episódio Israel. Ele é ótimo. A série ainda tem as participações de Malu Mader, Debora Nascimento, Mart’ Nalia e Douglas Silva.