Quem viu as imagens de TV na época do 11 de setembro, nunca mais vai esquecer. Parecia algo impossível, do tipo que a gente só vê em filme. Desde então, vários filmes foram feitos sobre o assunto. É o caso do angustiante Voo United 93, de Paul Greengrass, que mostra o que teria acontecido num dos aviões. Há também aqueles que mostram o que veio depois, como A Hora mais Escura ou Taõ Longe, Tão perto, para citar só dois. Na semana passada, chegou na Netflix, uma nova produção que vai mostrar um outro lado que a gente-ou pelo menos eu – nem imaginava. É Quanto Vale?, com Michael Keaton. Vale ver!
O filme é baseado em fatos reais. Após os ataques de 11 de setembro, o Congresso aponta o advogado Ken Feinberg (Michael Keaton) para liderar uma tarefa quase impossível. Ele deverá determinar como compensar as famílias que sofreram perdas incalculáveis como resultado dos atentados de 11 de setembro. Ao lado de sua sócia, Camille Biros (Amy Ryan), ele começa a conversar com familiares das vítimas e suas perdas.
A crítica
É obviamente um assunto espinhoso. Quanto vale uma vida? É correto que os familiares de um CEO ganhe mais do que a de um faxineiro? O filme aborda todas essas questões. Muitas delas ficam sem resposta. Assim como na vida, há injustiças. Mas ele deixa claro que houve uma tentativa de fazer uma coisa certa. Mesmo que, a princípio, a ideia tivesse sido apenas salvar duas companhias aéreas.
O filme emociona com os diversos depoimentos. Ele escolhe alguns especiais como os que tem mais relevância. É o caso do namorado de uma das vítimas, assim como a esposa de um bombeiro, vivida com brilho por Laura Benanti. Além deles, há o papel de um viúvo feito por Stanley Tucci. Ele é um ponto central da história. É o homem que fez com que as coisas mudassem para as vítimas. No papel principal, Michael Keaton tenta passar as dúvidas de um homem muito cartesiano. mas que, pela primeira vez, tem que enfrentar os sentimentos e dúvidas.
Quanto Custa? é dos mesmos produtores que nos deram Spotlight: Segredos Revelados. Os dois filmes tem um mesmo sentimento. Algo como a busca pela verdade, pelo bem das vítimas, pelo sentimento genuíno. Os dois falam de eventos controversos, e tem grande intensidade. Vale conhecer