Eu estava buscando uma comédia romântica fofa, daquelas que faz com que a gente tire a cabeça dos problemas. Então, de repente, encontrei Buscando um Velho Amor, estrelado por Toni Collette, na Amazon Prime. O filme é de 2013, mas confesso que não conhecia, não tinha nem ouvido falar. Resolvi tentar, e descobri um bom filme, em alguns momentos até surpreendente, mas não era nem uma pouco a comédia romântica que eu tinha em mente.
Buscando um velho amor conta a história da crítica musical, Ellie Klug (Toni Collette). Logo ficamos sabendo que dez anos se passaram desde o término de seu namoro com o músico Matthew Smith. Ele simplesmente desapareceu, ninguém sabe se está morto ou vivo. mesmo depois de todo esse tempo, ela ainda carrega os traumas da ruptura. Um dia, seu editor pede para que ela reencontre Matthew e faça uma matéria sobre ele, senão será demitida. Ellie detesta a ideia de reviver esta história de amor, mas aceita a ordem. No caminho, seu caminho cruza com o do músico Lucas (Ryan Eggold, de New Amsterdam). E também com um ex, Charlie (Thomas Haden Church), que lhe mostram novas possibilidades de amizade e de amor.
A crítica
O filme tem um pouco de comédia, um pouco de romance, mas está bem longe de ser uma comédia romântica. Na verdade é uma daquelas histórias com toques dramáticos que a gente se acostumou a ver em filmes independentes americanos. Tem uma personagem feminina forte e interessante, que Toni Collette apresenta com seu habitual talento. Ela tem grande química com os três homens que a acompanham em sua jornada Buscando um Velho Amor. Seu editor é feito por Oliver Platt, numa participação pequena, mas eficiente. Ryan Eggold está transbordando de charme como o músico iniciante, Lucas, que tem um romance com Ellie. E ainda, Thomas Haden Church é o ex, Charlie, que se torna o seu principal parceiro na sua busca. Aliás, normalmente tenho um pouco de má vontade com o ator, mas aqui ele está interessante e divertido.
Você acaba se interessando pela história, pelo que Ellie vai encontrar. Fica claro que haverá uma surpresa. Mas sinceramente não esperava o que acontece, nem quem aparece. Uma escolha inesperada e muito inspirada (sem spoilers). Isso provoca um momento inesperadamente comovente – com um show de choro de Toni Collette.
Outra surpresa é ver o nome de Joanne Woodward como produtora. Num primeiro momento, achei que fosse uma homônima da atriz ganhadora do Oscar. Mas depois vi que o filme era dedicado a Paul Newman, seu marido de tantos anos. E a dedicatória é mais um momento comovente. “Este filme é dedicado a Paul Newman: uma inspiração, um mentor, apoiador, e uma razão muito boa que uma garota ainda tenha problemas para achar um cara para ocupar o seu lugar.” Dá pra entender o apelo da história para ela!