A Torre Eiffel é um dos monumentos mais conhecidos do mundo. É também um ponto de encontro de todos que vão a Paris. É um símbolo da Paris romântica, e casais adoram tirar fotos com a torre de fundo. O projeto de fazer um filme sobre a vida do construtor da torre, Gustave Eiffel circula desde os anos 90. Já passou por várias mãos, inclusive Ridley Scott e Luc Besson. Em 2000 este último iria fazer o filme com Gerard Depardieu e Isabelle Adjani. Mas nada deu certo. Até que acabou nas mãos de Martin Bourbolon. O filme estreou no último fim de semana na Amazon prime Vídeo, e tem uma bela história de amor.
Em Eiffel conta a história do engenheiro Gustave Eiffel e sua busca pela perfeição sob extrema pressão. Ele já era famoso por sua elogiada colaboração com Auguste Bartholdi na Estátua da Liberdade. Gustave deve produzir uma obra espetacular para a Exposição Universitária de Paris de 1889. Ele esta decidido a propor um metrô. Mas quando ele reencontra Adrienne, tudo muda . Ela é uma mulher rica com quem ele teve um relacionamento intenso e apaixonado anos atrás. É quando Gustave resolve fazer uma torre.
O que achei de Eiffel?
O filme mistura uma história real com a ficção. Todos os problemas que Gustave enfrenta para fazer a torre realmente aconteceram. Mas o romance com Adrienne tem pontos verdadeiros, mas outros criados pelo roteiro. Gustave teve um romance com Adrienne, mas não houve o reencontro anos depois. O filme mostra tanto a história de amor (com suas liberdades poéticas) do passado. No passado, tudo é claro e colorido. No presente, quando Adrienne é casada, mas se entrega à paixão incontrolável do passado com Gustave, as cores são mais escuras, os ambiente mais claustrofóbicos. A não ser quando a torre, símbolo do amor dos dois é mostrada. Há inclusive uma bela e romântica cena dos dois em cima da torre ainda em construção.
Romain Duris (de Como Arrasar um Coração) consegue construir Gustave Eiffel como um homem extremamente atormentado. Obcecado com segurança, determinado a ter sucesso, e, principalmente, apaixonado. Emma Mackey (a Maeve de Sex Education) é talvez um pouco jovem demais para a segunda fase de Adrienne. Mas é interessante e atraente. Você acredita plenamente que ela despertaria uma paixão tão avassaladora.
No final, Eiffel é um filme “das antigas”. Uma produção muito bem feita, que mescla passado e presente, com um amor impossível. Os atores são bons, e as cenas que mostram a torre são de tirar o fôlego. O final é lindo, uma grande homenagem ao amor. História verdadeira ou não, não importa. É bonito de ver e acompanhar a jornada desse homem em busca de seus sonhos.