Eu não conhecia a lenda chinesa da linha vermelha. Ela diz que um fio vermelho invisível conecta aqueles que estão destinados a se encontrar, independentemente de hora, local ou das circunstâncias. Essa linha pode esticar ou contrair, mas nunca quebrar. Acredito muito nisso. E esse é o princípio da história do filme argentino A Linha Vermelha do Destino, que está disponível no Star Plus. Ouso dizer que é um dos filmes mais românticos e sensuais que vi nos últimos tempos.
Manuel (Benjamín Vicuña) e Abril (Eugenia Suárez) parecem estar vinculados por esse destino infalível. Eles se conhecem em um avião, se apaixonam instantaneamente. Só que o destino faz com que se separem e nunca mais se encontrem. Sete anos depois, ambos formaram suas famílias e estão felizes. Manuel com Laura (Guillermina Valdés) e Abril com Bruno (Hugo Silva). Mas o destino os coloca frente a frente novamente para viver outro encontro inesquecível. E, é claro, coloca seus valores e crenças sobre o amor em crise. Será que reencontrar o grande amor da vida é uma coisa boa? Quando existe essa linha vermelha entre duas pessoas, o fim é sempre feliz?
O que achei?
O cinema argentino tem sempre uma maneira peculiar de contar diferentes tipos de história. Mas faz muito tempo que não me via tão envolvida com um filme romântico como esse. Não há aquela necessidade do politicamente correto dos filmes americanos. Eu adoro, mas é instigante ver algo diferente. Aqui são dois adultos que tem vidas boas com seus respectivos cônjuges. Só que quando Manuel e Abril se reencontram, por absoluta obra do destino – ou do fio vermelho – é impossível resistir um ao outro. O filme trata de se reconectar com oportunidades perdidas, mesmo que o timing pareça errado.
Há cenas extremamente românticas, e totalmente sensuais. Não se trata de sensualidade porno-soft de 365 dias. É algo verdadeiro, com sentimentos reais e uma química extraordinária dos dois atores. Aliás, os dois, Benjamin Vicuña e Eugenia Suarez , foram um casal na vida real e tiveram um filho desde que o filme foi feito, em 2016. O final pode não ser o que você espera, mas achei perfeito. Por tudo isso, e ainda belas locações na Colômbia, o filme vale ser visto. Com a mente aberta, de quem ama o amor e acredita em destino. Adorei!