A notícia pode surpreender muitos, mas a história de Pinóquio não foi criada pela Disney. Ela foi criada para um livro por um italiano. Carlo Collodi o criou em 1883 no romance serializado As Aventuras de Pinóquio. Mas, é claro, ele ficou conhecido mundialmente quando Walt Disney produziu o desenho em 1940. Essa é aquela que ficou na nossa memória afetiva. Desde então, tivemos várias versões no cinema. A mais recente, de 2020, foi estrelada por Roberto Benigni como Gepetto, atualmente disponível no Now. E ontem (8), durante o Disney Plus Day, a nova versão de Robert Zemeckis, chegou no Disney Plus.
Gepeto (Tom Hanks), é um carpinteiro que constrói um boneco de madeira que se chama Pinóquio ( voz de Benjamin Evan Ainsworth). Gepeto trata o boneco como se fosse seu filho de verdade. Devido ao seu amor genuíno pelo boneco, a Fada Azul (Cynthia Erivo) concede o desejo do carpinteiro. Pinóquio começa a falar e se movimentar sozinho, mas não é um menino de verdade. Após ganhar vida, Pinóquio ganha uma consciência, o Grilo Falante (voz de Joseph Gordon-Levitt). Só que mesmo assim, ele acaba se metendo numa grande aventura sem querer. Em meio a sua jornada, Pinóquio conhece João Honesto ( voz de Keegan-Michael Key), Sofia a gaivota ( voz de Lorraine Bracco) e o Cocheiro (Luke Evans).
O que achei do novo Pinóquio?
A história tem algumas pequenas diferenças do desenho original de 1940. E a mais importante é a resolução final, que pelo que se sabe, vem deixando muitos fãs revoltados. Mas ela está em sintonia com os novos tempos. Assim como uma certa limpeza da maioria das coisas que poderiam ser considerado politicamente incorretos. Por exemplo, todas as referências a fumo foram retiradas – inclusive o cachimbo de Gepeto.
Tom Hanks funciona como em tudo o que ele faz. Entretanto achei estranho que de vez em quando aparecia um sotaque italiano, que depois sumia, rsrs. Cynthia Erivo tem em uma única cena como a Fada Azul. É ela que interpreta a canção que virou um tema da Disney, When You Wish Upon a Star. Mas, sinceramente, não gostei da interpretação dela da música. Melhor sorte tem Luke Evans como o cocheiro. Ele se entrega totalmente – no início é até difícil reconhecê-lo. E canta muito bem como já demonstrou em A Bela e a Fera.
E no final…
Como se trata de um projeto de Robert Zemeckis, é claro que o CGI tem uma papel importante, em Pinóquio e em todos os animais. Alguns funcionam, outros nem tanto. E o que são aqueles seres fumacentos saídos de Lost? Inexplicável, rsrs. Eu confesso que não sou fã da história de Pinóquio. Junto com Alice e Peter Pan são três desenhos que só vi uma vez, para nunca mais. Não me dão prazer, acho que tem maldade demais. Mas no final, esse novo Pinóquio pode deixar os fãs enraivecidos com as mudanças do roteiro. Mas até achei que dentro das possibilidades da história, Zemeckis é eficiente, e simpático. Gostei especialmente das referências aos desenhos da Disney nos relógios. E o gatinho Fígaro, fofo e divertido. Só que no final não aguentava mais a voz estridente e sempre animada de Benjamin Evan Ainsworth, que dubla Pinóquio, rsrs.
Mas essa não será a última versão de Pinóquio que veremos num futuro próximo. Guillermo del Toro vem aí com uma versão mais dark da história para a Netflix. Deverá estrear ainda este ano, com as vozes de gente como Cate Blanchett, Ron Perlman e Ewan McGregor. É overdose dessa história, rsrs.