John Lassiter foi uma grande força criativa por trás dos maiores sucessos da Pixar, como Toy Story e Carros, por exemplo. Há algum tempo atrás, saiu da empresa depois de um escândalo de assédio, e hoje é o Head de Animation da Skydance. Luck é o seu primeiro projeto na empresa, e que vai estrear nessa sexta (dia 5) na Apple TV Plus. Fica bem na cara que tem vários pontos em comum com diversos filmes da Pixar, em especial Divertida Mente. Mas é simpático, apesar de um pouco longo demais.
Sam Greenfield é a pessoa mais sem sorte do mundo. Ela cresceu num orfanato ao completar 18 anos. Ao sair de lá, torce que sua amiga Hazel tenha um destino diferente do dela. É quando ela encontra uma moeda da sorte deixada para trás por um gato preto. Só que ela acaba perdendo a moeda, e vai atrás do gato – que se chama Bob. É quando Sam encontra a desconhecida Terra da Sorte. Mas como humanos não são permitidos, sua única chance é juntar-se às criaturas mágicas que lá vivem para conseguir a moedinha para Hazel. Só que obviamente um monte de confusões acontece.
A princípio, você já sente as semelhanças com os filmes da Pixar no roteiro, no dia a dia de Sam, nos personagens e na fotografia de Luck. E o início é realmente brilhante. O problema começa um pouco quando ela e Bob entram no mundo da sorte. Sinceramente achei o conceito meio complicado para as crianças pequenas. Especialmente como funciona o mundo da sorte, e o do azar, alguns andares abaixo. Há várias nomenclaturas específicas. Por exemplo, a moeda da viagem, o cristal da boa sorte, o drone do coelho, e por aí vai. Mas, pode ser que esteja subestimando as crianças. Afinal achei o mesmo de Divertida Mente, rsrs.
Mas o filme tem um colorido incrível, e algumas piadas realmente eficientes. Sam é um pouco tontinha demais, mas eu gostei dos demais personagens. Especialmente o gato Bob, que tem uma inspiração de Grilo falante, sempre ciente do perigo que os cerca. O personagem é feito na versão original por Simon Pegg (Star Trek). Aqui no Brasil, a dublagem (ótima) fica a cargo de Gregorio Duvivier. Eu inclusive tive uma conversa muito boa com ele sobre sorte, gatos e, claro, sobre o filme. Veja aqui: