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A química do atores é o destaque de Tudo pela Arte

O mundo das artes  e seus bastidores já rendeu vários bons filmes. Recentemente, a Netflix lançou o estranho Velvet Buzzsaw,  com Jake Gyllenhaal. E, lembro de outros como O Melhor Lance (na Amazon), Grandes Olhos (Globoplay) e o argentino Minha Obra-Prima (Netflix). Agora, mais um chegou nas plataformas digitais para aluguel e compra. É Tudo pela Arte, com Claes Bang (o Drácula da Netflix) e Elizabeth Debicki.

Logo de início, conhecemos o charmoso e ambicioso crítico de arte James Figueras (Claes Bang). Um dia, ele já teve tudo o que poderia querer. Hoje, passa seus dias dando aulas de arte para turistas em Milão. É lá que ele conhece a enigmática e linda americana Berenice Hollis (Debicki). Uma oportunidade de melhorar de vida aparece quando ele é contratado pelo comerciante de artes Joseph Cassidy (Mick Jagger). Só que em sua villa no Lago de Como, Cassidy pede que roube um quadro do lendário artista Jerome Debney (Donald Sutherland). O problema é que a ganância e insegurança de James o farão cair em uma rede de intrigas e  sair de controle.

A crítica

O filme é adaptado do romance de 1971, escrito por Charles Willeford. O diretor é o italiano Giuseppe Capotondi, que vinha se dedicando a dirigir séries de TV desde A Hora Dupla, de 2009. O filme é elegante, com locações no lago de Como, e bons atores. Começa bem, com um monólogo de apresentação do personagem principal interessantíssimo, que faz você ficar curioso sobre onde aquela história vai chegar.  Mas confesso que esse primeiro ato, mesmo ótimo, me fez ficar cansada. especialmente no que diz respeito à história de James e Berenice, que estão todo o tempo “escondendo o jogo”. Com isso, fica difícil ter empatia por qualquer um deles. Entretanto, a química dos dois é incrível!

O problema vem no segundo ato, quando James recebe a proposta de efetuar o roubo. São conversas e mais conversas, que tornam a experiência arrastada, até a chegada do último ato. Aqui é onde tudo acontece. Há surpresas sobre como o conflito é resolvido, e especialmente a cena final, onde finalmente ficamos sabendo algo mais sobre a enigmática Berenice. É eficiente, apesar de pouco provável. Mas é cinema, então isso não seria um problema, e sim chegar até esse momento.

O elenco

O positivo de tudo é que o casal central é muito bom, e tem química. Os dois inclusive tem uma cena forte de sexo logo no primeiro ato. Claes Bang já tinha feito o Drácula da Netflix muito bem. E aqui está igualmente sexy, lembrando um pouco Clive Owen. Eu também gosto bastante de Elizabeth Debicki. Depois da primeira vez que vi, linda e elegante  como a vilã em O Agente da U.N.C.L.E. , achei que que ela teve uma atuação brilhante em As Viúvas( disponível no Telecine). Os dois são um bom motivo para acompanhar a história. Mas há ainda dois coadjuvantes de peso. Tem Donald Sutherland (substituindo Christopher Walken), com aqueles olhares enlouquecidos e, surpreendentemente, Mick Jagger como o comerciante. Fazia tempo que Mick não se aventurava no cinema. E se sai muito bem, com um sorriso maquiavélico todo o tempo.

Onde assistir Tudo pela Arte ?

Tudo pela Arte estreou no Festival de Veneza no passado, e deveria ter estreado nos cinemas em março. Só que aí veio a pandemia e os planos mudaram. Ele está disponível nas seguintes plataformas de Aluguel e Compra: Apple TV (iTunes), Google Play, Microsoft Filmes &TV (Xbox), PlayStation Store. E exclusivamente para aluguel  na Looke, NOW, Oi Play, SKY Play e Vivo Play.

O diretor e o elenco no Festival de Veneza

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