A tentativa de comédia romântica de Desfile de Corações

O gênero da comédia romântica tem uma linguagem universal. Mas, é claro, que foi Hollywood que criou o esqueleto principal dessas histórias que envolvem até hoje. E a Netflix tem se dado muito bem com filmes do gênero de diversas partes do mundo. Recentemente, por exemplo, disponibilizou a produção italiana Amor e Gelato. Mesmo fraquinho o filme foi um sucesso no streaming. E agora vem o polonês Desfile de Corações, que além da historinha que segue todos os pontos principais do gênero, ainda adiciona cachorros fofinhos. Não é à toa que ficou um tempo entre os destaques da Netflix.

Você já viu histórias parecidas um monte de vezes. Magda é uma produtora de TV  de Varsóvia, que não gosta de cães, e acaba perdendo o emprego por causa de um deles. Então resolve ir para Cracóvia para conseguir imagens que podem render seu retorno à TV. Só que lá, ela conhece um viúvo encantador, seu filho e seu animal de estimação de quatro patas. E eles podem mudar o jeito como ela vê a vida.

Pois bem, vamos começar pelos pontos positivos. O filme tem belíssimas cenas e locações de Cracóvia –  dá até vontade de conhecer. O garotinho que faz Karol é lindo e bom ator – é uma delícia de ver. O cachorrinho Trombone, é claro, é uma fofura. Mas a história se alonga mais do que deveria. Com 1h48, poderia facilmente ter uns 20 minutos a menos. Vários personagens são exagerados demais, caso da chefe jornalista, ou do ex-noivo de Magda. A história não apresenta nenhum tipo de novidade. É um copy e cola de tantos outros filmes que você já viu.

Sou fã do gênero, mas talvez por isso mesmo, fico enfadada com esses filminhos que são tão mais do mesmo. No final, você pode até achar  Desfile de Corações fofinho, mas é bobo demais.